30 de março de 2016

ANDANDO NA VERDADE

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Cântico dos Cânticos: O Prazer do Casamento

O livro de Cântico dos Cânticos foi escrito por ou sobre Salomão, rei de Israel (Cânticos dos Cânticos 1:1). É o único livro na Bíblia que trata principalmente do amor de homem e mulher e do prazer sexual de uma forma poética e expressiva.
Durante séculos, este livro tem apresentado um grande desafio para intérpretes das Escrituras. Interpretações alegóricas ganharam o favor de estudiosos judeus e cristãos. Uma forte tendência judaica é tratar o livro como simbólico do amor de Deus para com seu povo de Israel. Desde o terceiro século d.C., muitos estudiosos cristãos adotaram uma abordagem parecida, achando no livro uma alegoria profética de Cristo e a igreja. Com certeza, diversos trechos bíblicos empregam a figura do casamento para descrever a relação do Senhor com seu povo, seja Israel no Antigo Testamento (Jeremias 2:1-3; Ezequiel capítulos 16 e 23 e Oseias capítulos 1 a 3) ou a igreja no Novo Testamento (Efésios 5:22-33; Apocalipse 19:7-8). Outras interpretações sugerem uma história de dois homens tentando conquistar o coração da mesma mulher, esta lutando para escolher entre os rivais.
Mas a interpretação mais natural e coerente oferece uma perspectiva importante do plano de Deus para o casamento. Sugiro que leia o livro pensando na noite de núpcias de um rei (Salomão) e sua noiva (uma moça de origens humildes escolhida pelo rei de Israel). Nesta leitura, não deve injetar nada de imoralidade ou indecência, nem o envolvimento posterior de Salomão com tantas outras mulheres. Olhe para este relato como se fosse o início do primeiro casamento e aquele que deveria ter sido o único. Depois de esperar durante o tempo do noivado e passado pela festa do casamento, agora os noivos se encontram a sós. Os dois pensam sobre tudo que passaram para chegar a este momento. Ela foi uma moça simples, uma jardineira protegida pelos irmãos, e ele, um rei rico que percebeu sua extraordinária beleza e a escolheu para ser sua esposa. Mas este livro não se trata de paixão desenfreada. Até aquele momento especial da noite de núpcias, ela foi um jardim fechado, uma fonte selada (Cântico dos Cânticos 4:12). No plano de Deus, o prazer sexual tem um lugar especial e privilegiado no casamento. Qualquer relação sexual antes ou fora do casamento desrespeita este princípio e estraga a beleza desta intimidade (veja Hebreus 13:4).
O sexo não é visto na Bíblia como algo sujo que é permitido ou tolerado no casamento; é uma relação especial, intima e linda protegida pela vontade de Deus no casamento. O jardim, a moça que se preservou para este momento, se torna o jardim do marido. Observe a mudança na linguagem dela: “Levanta-te, vento norte, e vem tu, vento sul; assopra no meu jardim, para que se derramem os seus aromas. Ah! Venha o meu amado para o seu jardim e coma os seus frutos excelentes” (Cântico dos Cânticos 4:16). No próximo versículo, depois de aceitar este convite da sua esposa, o marido fala: “Já entrei no meu jardim, minha irmã, noiva minha; colhi a minha mirra com a especiaria, comi o meu favo com o mel, bebi o meu vinho com o leite” (Cântico dos Cânticos 5:1). Há muito mais neste livro, inclusive dificuldades no casamento e a busca de reconciliação, mas uma das mensagens mais importantes para os nossos dias é uma perspectiva saudável da relação conjugal. Desde o jardim do Éden, Deus ordenou uma relação íntima e prazerosa entre marido e mulher. “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne. Ora, um e outro, o homem e sua mulher, estavam nus e não se envergonhavam” (Gênesis 2:24-25). No Novo Testamento, ele ensinou: “O marido conceda à esposa o que lhe é devido, e também, semelhantemente, a esposa, ao seu marido. A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim o marido; e também, semelhantemente, o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim a mulher” (1 Coríntios 7:3-4). Como disse a esposa de Salomão: “Eu sou do meu amado, e o meu amado é meu” (Cântico dos Cânticos 6:3).
Cântico dos Cânticos nos lembra que o amor sexual é bom e lindo quando protegido no casamento como Deus o criou. Não estraguemos esta bênção de Deus na perversidade e sensualidade que dominam as vidas de muitas pessoas hoje!
(–por Dennis Allan) Que Deus abençoe a todos pastor Antonio Marques

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