22 de abril de 2016

ANDANDO NA VERDADE

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João: Apresentando Jesus o Messias

Cada um dos quatro relatos da vida de Jesus no Novo Testamento tem suas características únicas. João tem menos em comum com os outros no seu conteúdo, focalizando o trabalho de Jesus na Judeia, enquanto MateusMarcos Lucas enfatizam o ministério na Galileia. João apresenta seu relato de uma maneira mais temática do que os outros, oferecendo evidências apoiando as afirmações de Jesus de ser o Cristo (Messias), Deus em carne.
João foi provavelmente o último dos evangelhos a ser escrito, e mostra certa preocupação do autor com distorções doutrinárias que surgiam no final do primeiro e no segundo século, especialmente sobre a divindade de Jesus. Quatro outros livros do Novo Testamento são atribuídos ao mesmo autor: as epístolas (1, 2 e 3 João) e o livro do Apocalipse.
João, o filho de Zebedeu, foi um dos apóstolos de Jesus, um dos três citados com mais frequência nos evangelhos (junto com seu irmão, Tiago, e Simão Pedro). Antes de conhecer Jesus, estes três já eram sócios no seu trabalho como pescadores na Galileia. Deixaram seus barcos para seguir a Jesus (Lucas 5:10-11). Durante sua caminhada com Jesus, os dois filhos de Zebedeu receberam um apelido que significava “filhos do trovão” (Marcos 3:17), provavelmente devido à sua tendência de buscar a justiça vingativa de Deus (Lucas 9:54). É interessante que este filho de trovão se tornou o apóstolo do amor, um tema enfatizado nos seus escritos. O evangelho tem poder para transformar o caráter de todos que se submetem ao Senhor. João não se esqueceu da justiça do Deus Santo, mas aprendeu a necessidade de divulgar a notícia da graça do Deus do amor.
O livro de João pode ser dividido em cinco partes principais:
Capítulo 1 (até o versículo 18) introduz o tema de Jesus, o Verbo, como Deus em carne.
Capítulos 1 (a partir do versículo 19) a 12 relatam a manifestação do Filho de Deus à nação judaica, dando ênfase especial às suas visitas a Jerusalém.
Capítulos 13 a 17 apresentam conversas importantíssimas com os apóstolos logo antes da crucificação de Jesus. Entre outras coisas, ele prometeu enviar o Espírito Santo para guiar estes homens no trabalho de comunicar a mensagem do evangelho ao mundo.
Capítulos 18 e 19 contam a história da condenação e morte de Jesus em Jerusalém.
Capítulos 20 e 21 encerram o livro com o relato da ressurreição e das últimas aparições de Jesus aos discípulos.
Ao longo deste livro, o filho de Zebedeu destaca as palavras do próprio Jesus: “Eu sou o pão da vida” (João 6:35); “Eu sou a luz do mundo”(João 8:12; 9:5); “Eu sou a porta” (João 10:7,9); “Eu sou o bom pastor” (João 10:11,14); “Eu sou a ressurreição e a vida” (João 11:25); “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida” (João 14:6); “Eu sou a videira” (João 15:1,5). Estes diversos aspectos do Cristo se resumem bem na simples afirmação de Jesus: “antes que Abraão existisse, EU SOU” (João 8:58). Jesus afirmou sua própria divindade.
Se a data da composição geralmente aceita para este livro estiver correta, o Espírito Santo escolheu um discípulo que já passou seis décadas refletindo sobre tudo que viu nos anos que acompanhou Jesus, um servo que deixou a mensagem do seu Mestre moldar e guiar sua vida. E o que ficou na cabeça deste pregador como a mensagem central? Ele queria mostrar para todos o fato fundamental do evangelho: Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, o Santo de Deus, o único que tem “as palavras da vida eterna”, a verdade, a vida e o caminho exclusivo que leva ao Pai celeste (João 20:31; 6:7-68; 14:6). João não pregou Jesus como apenas um ser mais evoluído que outros, nem como apenas mais um profeta. Ele introduziu seu evangelho com afirmações da eternidade e da divindade de Jesus, e continua até o fim defendendo essa tese.
(–por Dennis Allan).Que Deus abençoe a todos pastor Antonio Marques

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