3 de julho de 2025

ESTUDANDO A BÍBLIA LIVRO POR LIVRO

 


Livro Marcos (William Barclay) 338 Certas coisas são evidentes a respeito de Jesus nesta passagem. (1) Ele não queria morrer. Tinha trinta e três anos e ninguém quer morrer quando a vida está abrindo-se aos melhores anos. Tinha realizado tão pouco, e havia um mundo aguardando ser salvado. Sabia o que era a crucificação, e se estremecia diante dela. A cruz teria perdido todo seu valor se tivesse sido fácil para Jesus. Ele teve que obrigar-se a continuar, o mesmo que nós temos que fazer tantas vezes. (2) Ele não entendia cabalmente por que tinha que acontecer isso. Só sabia sem a menor duvida que era a vontade de Deus, e que devia seguir em frente. Também Jesus teve que fazer essa grande aventura de fé, teve que aceitar – como tão freqüentemente nós temos que fazê-lo – o que não podia entender. (3) Ele se submeteu à vontade de Deus. Abba é uma palavra aramaica que significa meu Pai. E só esta palavra é a que faz toda a diferença. Jesus não estava submetendo-se a um Deus que se divertia cinicamente com os homens. Não estava submetendo-se a um Deus que era um férreo destino. Até nesta hora terrível, quando lhe estava fazendo tão terrível exigência, Deus era seu Pai. Se podemos chamar Deus de Pai, tudo fica suportável. Muitas vezes não entenderemos, mas sempre estaremos seguros de que "A mão do Pai nunca ocasionará a seu filho uma lágrima desnecessária". Jesus sabia disso. Por isso pôde seguir em frente, e o mesmo pode acontecer a nós. Devemos notar como termina a passagem. O traidor e sua turma tinham chegado. Qual foi a reação de Jesus? Não escapar, embora na escuridão da noite tivesse sido fácil fazê-lo. Sua reação foi enfrentá-los. Até o final, Ele não evitaria o encontro nem daria as costas. A DETENÇÃO Marcos 14:43-50 Aqui se desenvolve um tremendo drama, e, até no lacônico estilo do Marcos, os personagens se destacam. (1) Ali está Judas, o traidor. Sabia que as pessoas conheciam de vista a Jesus bastante bem; mas se deu conta de que no lusco-fusco dojardim, com a sombra das árvores salpicada de poços de luz pela chama das tochas, necessitariam uma indicação definida de quem deviam prender. E escolheu a mais terrível dos sinais: um beijo. Era costume saudar um rabino com um beijo. Era um sinal de afeto e respeito para com um superior amado. Mas aqui há algo terrível. Quando Judas diz: "Ao que eu beijar, esse é", usa a palavra filein que é o termo comum. Mas quando se diz que se adiantou e beijou a Jesus a palavra é katafilein. Agora, kata é intensivo e katafilein é a palavra para beijar como um amante beija a sua amada. O sinal da traição não foi um beijo simplesmente formal de respeitosa saudação. Foi o beijo de um amante. Este é o fato mais horrendo e terrível de todo o relato dos Evangelhos. (Estudando a Bíblia livro por livro que Deus abençoe a todos)

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