Livro Mateus
(Comentário Bíblico Moody) 104 28-32.
Parábola dos Dois Filhos. Só Mateus registra as três parábolas (conf. Mc. 12:1,
"parábolas") apresentadas nessa ocasião, evocadas pela oposição dos
membros do Sinédrio à autoridade de Jesus. A parábola dos Dois Filhos foi
interpretada por Jesus como a descrição das reações opostas dos párias
religiosos e seus líderes em relação ao ministério de João, que era
preparatório do Seu próprio. O filho (criança) que primeiro disse não quero,
mas se arrependeu mais tarde e foi descreve os publicanos e as meretrizes,
párias da religião que finalmente aceitaram a mensagem de João. Muitos deles
tornaram-se seguidores de Jesus (Lucas. 15:1, 2). O filho que disse eu vou, mas
não foi descreve os líderes religiosos que primeiro deram uma aprovação mais ou
menos incerta a João (João. 5:35) mas nunca foram até o fim (Lucas. 7:29, 30).
Assim os publicanos e as meretrizes, aceitando a João, demonstraram a sua
prontidão para aceitação do reino de Deus messiânico. O caminho da justiça (lI
Pedro. 2:21) descreve a pregação de João (conf. 22:16 "caminho de
Deus") em termos que faziam lembrar Noé (II Pedro. 2:5), e provavelmente
se refere mais ao conteúdo de sua mensagem do que ao seu comportamento pessoal.
33-46. Parábola dos Maus Lavradores. Esta parábola responde melhor a pergunta
sobre a autoridade de Jesus mostrando-o como o Filho divino enviado pelo Pai.
Embora as linhas principais da parábola sejam tão compreensíveis que os membros
do Sinédrio não poderiam ter fugido ao seu significado, não se deve fazer a
tentativa de forçar todos os detalhes. O pai de família certamente representa
Deus, o Pai; entretanto seu otimismo leviano (v. 37) não pode ser atribuído a
Deus. Talvez possamos ver nas atitudes do pai de família a maneira pela qual
Deus parece agir aos olhos dos homens. 33. Uma vinha. Símbolo da teocracia de
Israel, familiar a todos os judeus. Conf. Isaias. 5:1-7; Salmos. 80:8-16. O
versículo 43 compara a vinha ao reino de Deus apontando claramente para o reino
que foi concedido a Israel através de reis divinamente escolhidos. Na parábola
o pai de família foi descrito tomando todas as providências para o bem-estar da
vinha. Espancaram um, mataram outro, e a outro apedrejaram. Para verificar o
vergonhoso tratamento que Israel concedeu aos emissários de Deus veja Jeremias.
20:1, 2; 37:15 ; 38:6; I Reis 19:10; 22:24; lI Crônicas. 24:21. 37. Por último,
enviou-lhes o seu próprio filho. A extraordinária paciência do pai de família
revela a completa depravação dos lavradores. 38. Vamos, matemo-lo, e
apoderemo-nos da sua herança. Exatamente este sentimento fora revelado
recentemente pelos líderes judeus (João. 11:47-53). Desse momento em diante, o
campo de ação da parábola passa da história para a profecia.(Estudando a Bíblia
Livro por livro que Deus abençoe a todos)