QUEM DER MAIS, MAIS TERÁ- Barnabé era
um homem generoso. Seu nome é mencionado pela primeira vez na Bíblia com
referência à sua contribuição de todo que recebeu pela venda do seu campo em
benefício aos pobres em Jerusalém. Em contraste com a generosidade de Barnabé
temos a triste história e hipocrisia de Ananias e Safira, os quais secretamente
guardaram uma parte do que receberam pela venda de sua propriedade,
apresentando a oferta como a quantia total adquirida. E Barnabé, tão generoso
monetariamente, o era também em espírito. Temos provas disto por seu modo de
agir com relação a João Marcos, ao povo de Antioquia e mesmo com o apóstolo
Paulo. Quanto mais se dá, mais fácil se torna dar, e mais a alma se enriquece. Conta-nos
um pastor a seguinte ilustração: João era jardineiro de diversas famílias em
certa localidade. Cortava a grama e achava prazer em tratar dos canteiros dos
outros. Este jardineiro era membro da igreja que eu pastoreava. Sentava-se
sempre na última fileira de bancos, e tinha muito prazer em ver os outros na
igreja. Em tudo que fazia parecia colocar os outros em primeiro lugar. Um dia,
enquanto João contemplava a minha pobre tentativa de cuidar de um canteiro de
"brincos de ouro", disse-lhe: "João, que têm as minhas flores?
Estão muito feias, por que será?" "Você não tem apanhado as flores, é
por isso", respondeu. "Mas quero as flores no canteiro, João, já
tenho flores demais dentro de casa". "Não vão dar com abundância nem
produzir flores grandes, Jorge, se você não as tirar; apanhe-as, e dê-as aos
outros e irão produzir e crescer mais e mais, e se você der as flores maiores,
as pequenas irão desaparecendo". Esta era a filosofia de vida do
jardineiro João, diz-nos o pastor, e estou tentando fazê-la minha também - dar
o melhor dos nossos dons. O modo de matar a mesquinhez de nossa vida é dar aos
outros o melhor que possuímos. “É um modo de espalhar que verdadeiramente
enriquece.” "BEM-AVENTURADA COISA É DAR" Quando Dante Gabriel
Rossetti e sua esposa voltaram de seu passeio de lua de mel, souberam da morte
de um jovem pintor que deixara a viúva e seus dois filhinhos em situação
financeira precária. Rossetti havia gasto todo seu dinheiro, mas havia comprado
também muitas joias para a esposa. Chegando a Londres o jovem casal foi
diretamente a uma casa de penhores, e daí ao lar da jovem viúva, com uma boa
contribuição para suas necessidades. Seguiram então para casa com os bolsos
vazios, mas com os corações cheios de alegria. Quando damos aos pobres, é como se
estivéssemos dando ao próprio Deus (Mateus 25.40; Filipenses 4.18) No dia do
juízo os homens serão julgados segundo as suas obras (Mateus 25.31-46).
Certamente, pelas obras ninguém pode ser salvo (Efésios 2.8, 9). Não somos
salvos pelas obras, mas para as boas obras (Efésios 2.10). As nossas boas obras
não nos levam para o céu, mas nós as levamos para o céu (Apocalipse 14.13).
Jesus disse que, quando damos pão ao faminto, água ao sedento, vestes ao nu,
abrigo ao forasteiro e visitamos os presos e doentes, é como se fizéssemos
essas coisas a Ele (Mateus 25.40). Temos de ver Deus no rosto do nosso próximo.
Aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê
(1 João 4.20). Negligenciar a generosidade aos pobres e aflitos é como sonegar
a Jesus um gesto de socorro. Deixar de dar pão a quem tem fome é o mesmo que
negar um prato de comida ao Filho de Deus. O apóstolo Paulo diz que o que
ofertamos aos outros é como uma oferenda a Deus, como um sacrifício aceitável e
aprazível a Deus (Filipenses 4.18). (Que a
paz Salvadora do Mestre
Jesus esteja sobre sua vida e família)).Que Deus abençoe a todos.