13 de maio de 2025

ESTUDANDO A BIBLIA LIVRO POR LIVRO

 

Livro Marcos (William Barclay) 270 (2) Mas ainda, toda a ação é irrazoável. Estavam na época de Páscoa, quer dizer, em meados de Abril. A figueira em um lugar abrigado pode dar folhas já em março, mas nunca dá figos até fins de maio ou Junho. Marcos diz que "não era tempo de figos". Por que secar a árvore por não fazer o que não podia fazer? É tão irrazoável como injusto. Alguns comentaristas, para salvar a situação, dizem que o que Jesus procurava era figos verdes, meio amadurecidos, em suas primeiras etapas, mas os que residiram na Palestina asseguram que esses frutos sem maturar são desagradáveis e nunca se comem. Toda a história parece não corresponder absolutamente a Jesus. O que podemos dizer sobre ela? Se tomarmos como o relato de algo que em realidade aconteceu, literalmente, devemos considerá-la como uma parábola em ação. Como uma dessas ações dramáticas, proféticas e simbólicas. Se a entendermos desta maneira podemos interpretá-la como a condenação de duas coisas. (1) É a condenação da promessa sem cumprimento. As folhas da árvore podem ser consideradas como a promessa do fruto, mas ali não havia fruto. Seria a condenação, especialmente, do povo de Israel. Toda sua história tinha sido uma preparação para a vinda do Escolhido de Deus. Toda a promessa de sua história nacional era que quando viesse o Escolhido, eles estariam ansiosos por recebê-lo, e quando veio, contradisseram tragicamente toda a promessa de sua história, em lugar de cumpri-la. Charles Lamb conta de certo homem chamado Samuel le Grice. Em sua vida teve três etapas. Quando era jovem, as pessoas dizia dele: "Vai fazer algo." Quando se tornou maior e não fez nada, diziam: "Poderia fazer algo se o tentasse." E no fim diziam dele: "Poderia ter feito algo se o tivesse tentado." Toda sua vida tinha sido a história de uma promessa jamais cumprida. Se tomarmos este incidente como uma parábola em ação, é a condenação da promessa não cumprida. (2) É a condenação da profissão de fé sem prática. Pode-se interpretar que a árvore com suas folhas professava oferecer algo, e não o fez. Todo o clamor do Novo Testamento é que o homem só pode ser conhecido pelos frutos de sua vida. "Por seus frutos os conhecereis" (Mateus 7:16). "Produzam, pois, frutos dignos de arrependimento" (Lucas 3:8). Não é o que piedosamente diz "Senhor, Senhor" que entrará no Reino, mas o que faz a vontade de Deus (Mateus 7:21). A menos que a religião faça de alguém um homem melhor e mais útil, a menos que faça seu lar mais feliz, a menos que faça melhor e mais fácil a vida para aqueles com quem está em contato, não se pode chamar religião. Ninguém pode pretender ser um seguidor de Jesus Cristo e permanecer inteiramente diferente do Mestre a quem pretende amar.(Estudando a Bíblia livro por livro que Deus abençoe a todos)

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