21 de abril de 2025

ESTUDANDO A BIBLIA LIVRO POR LIVRO

 


Livro Marcos (William Barclay)  239 Dado o caráter da natureza humana, prevalecia a posição mais  liberal. O resultado foi que imperava o divórcio pelas razões mais fúteis,  e até por nenhuma razão. As coisas tinham chegado a tal ponto, que na  época de Jesus as mulheres titubeavam antes de casar-se porque o  matrimônio se converteu em algo muito pouco seguro. Quando Jesus  falou como o fez referiu-se a um tema candente e deu um golpe a favor  das mulheres ao tratar de voltar a se situar o matrimônio na posição que  lhe correspondia.  Devemos assinalar algumas costure. Jesus citou a regra mosaica e  logo disse que Moisés tinha estabelecido isso só "pela dureza de seu  coração". Isto pode significar uma de duas coisas. Pode querer dizer que  Moisés o estabeleceu porque era o melhor que se podia esperar do povo  para quem legislava. Ou pode significar que se estabeleceu para tratar de  controlar uma situação que inclusive naquele momento se estava  degenerando. Poderia querer dizer, então, que, em seus começos, não se  tratava tanto de uma permissão para divorciar-se como de um intento de  controlar o divórcio, de diminuir sua frequência mediante alguma classe  de lei e de fazê-lo mais difícil. Seja como for, Jesus esclareceu que  considerava que Deuteronômio 24:1 tinha sido estabelecido para uma  situação determinada e que, de nenhum ponto de vista se podia  considerar que resultava obrigatório para sempre. As autoridades que  citou se remontavam muito mais atrás. Remontou-se até o relato da  criação e citou Gênesis 1:27 e 2:24. Jesus considerava que, em essência,  o matrimônio era algo permanente que unia de modo indissolúvel a duas   pessoas e as convertia em uma só. E as unia até tal ponto que nenhuma  lei ou norma humana podia romper o vínculo. Considerava que na  própria constituição do universo se estabelece que o matrimônio é algo  absolutamente permanente e único e nenhuma regulamentação mosaica  que se ocupasse de uma situação transitória podia alterar essa realidade.  O problema é que no relato paralelo de Mateus há uma diferença.  Em Marcos, a proibição por parte de Jesus do divórcio e de um novo  casamento é absoluta. Em Mateus 19:3-9 aparece a mesma proibição  absoluta de outro casamento mas se permite o divórcio por um motivo: o  adultério. É quase seguro que a versão de Mateus é a correta e, de fato,  está implícita na versão de Marcos. A Lei judaica estabelecia que o  adultério dissolvia obrigatoriamente qualquer matrimônio. E o certo é  que o adultério e a infidelidade dissolvem, de fato, a união e o laço do  matrimônio. Uma vez que se cometeu o pecado de adultério a unidade já  está quebrada e o divórcio só testemunha o fato.  Mas a verdadeira essência da passagem é que Jesus insistiu em que  era necessário corrigir a moral sexual dissipada de sua época. A quem só  procurava o matrimônio pelo prazer se devia recordar que também  implica uma responsabilidade. A quem via o matrimônio como um meio  para satisfazer suas paixões sexuais era preciso lembrar recordar que  também era uma união espiritual. Jesus estava edificando uma muralha  ao redor do lar. (Estudando a Bíblia livro por livro que Deus abençoe a todos)

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