
Esperando o Reino Messiânico- Zacarias
era mais do que um pai orgulhoso de um recém-nascido saudável. Quando o
Espírito Santo soltou a língua dele, o sacerdote pronunciou palavras
esperançosas de louvor ao Deus que estava preparando para enviar a libertação
esperada há muito tempo pelo povo. Ele revelou o papel importante de João como
mensageiro do Senhor que traria a luz ao mundo (Lucas 1:67-79). Simeão podia morrer contente. Ele
tinha aguardado com paciência e confiança para ver que Deus não havia esquecido
suas promessas. Quando fitou o rosto de uma criança, ainda com menos de seis
semanas de vida, sabia que poderia partir deste mundo em paz (Lucas 2:25-35).André
transbordou com expectativas, baseadas em diversas profecias do Velho
Testamento, quando correu para dizer ao irmão dele: "Achamos o
Messias" (João 1:41).Natanael tinha que ver para crer. Filipe
havia dito as maravilhosas novas sobre seu encontro com aquele que veio para
cumprir as profecias antigas, mas ele continuou cético. Jesus lhe ofereceu
provas que apagaram suas dúvidas, e a confissão de Natanael expressou os
elementos principais de grandes profecias sobre o reino: "Mestre,
tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel" (João 1:49).Pouco
tempo depois, Jesus pregou abertamente o evangelho do reino de Deus,
afirmando: "O tempo está cumprido, e o reino de Deus está
próximo" (Marcos 1:15). "Vindo, porém, a
plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho" para redimir e
reinar (Gálatas 4:4-7).Há um elemento inegável de esperança quando passamos do
Velho ao Novo Testamento. Pessoas que conheciam as Escrituras, especialmente os
judeus, aguardavam a vinda do Rei que estabeleceria seu reino invencível.
Embora o entendimento deles fosse obscuro, devido às limitações de seus pontos
de vista políticos, não podemos negar o significado da expectativa messiânica.Tal
esperança era bem-fundamentada. Profetas do Antigo Testamento, eles mesmos
incertos sobre os detalhes de cumprimento (1 Pedro 1:10-12), tinha apresentado
uma imagem coerente do ungido líder do reino divino. Para apreciar melhor a
base das expectativas messiânicas, vamos dar consideração breve alguns exemplos
de predições do Velho Testamento sobre o reino.Deus Estabeleceria a Casa do
Rei (2 Samuel 7:11-17)O sonho da vida de Davi era edificar uma casa para
Deus. Ele tinha sido abençoado com um palácio real e com domínio sobre os seus
inimigos. Agora, ele pensou na casa de Deus. O profeta Natã apoiou o plano
antes de ouvir o que Deus diria a respeito dele. Deus não permitiria as mãos de
Davi, cobertas com o sangue de seus inimigos, a erigir o templo. Davi
prepararia tudo que seria necessário, da planta às matérias-primas, mas a
construção seria feita por Salomão. Enquanto alguns aspectos da mensagem de
Natã a Davi se aplicam a Salomão, ao templo físico e à linhagem de reis do
Velho Testamento descendentes de Davi, há nessa profecia elementos principais
de predições sobre o Messias. Podemos ver que a profecia seria cumprida depois
da morte de Davi (7:12; veja Atos 2:29) e que envolveria o descendente de Davi
(7:12). Jesus veio da linhagem de Davi (Lucas 2:23-38, especialmente versículo
31). Deus prometeu estabelecer o reino de seu descendente (7:12). Salomão, de
fato, reinou depois de Davi, e os seus descendentes continuaram reinando sobre
o reino físico de Judá durante mais de três séculos, mas a expectativa do rei
descendente de Davi ainda esperava seu cumprimento total em Cristo (Lucas
1:31-33).Nessas promessas sobre o reino do descendente de Davi, Deus explicou a
afirmação curiosa de 7:11 — "...ele, o Senhor, te fará
casa". Davi já tinha casa (7:1). A ideia era que ele faria uma
casa para Deus, mas agora o Senhor inverteu tudo! Deus não está falando aqui de
casas materiais. Ele está olhando para a edificação do reino do descendente de
Davi. Mas, há mais. O descendente de Davi construiria uma casa para o Senhor
(7:13). Certamente Salomão edificaria uma casa luxuosa coberta de ouro, mas a
promessa pede um cumprimento maior visto na casa que Jesus edificou (Mateus
16:18; 1 Pedro 2:4-10; Efésios 2:19-22). É o trono de Jesus, e não de Salomão,
que seria estabelecido por Deus para sempre (7:13). Deus estava tão certo do
sucesso de seu plano eterno que ele falou, através de Davi, quase 1.000 anos
antes da encarnação de Jesus: "Eu, porém, constituí o meu Rei
sobre o meu santo monte Sião" (Salmo 2:6). A relação de Pai e
filho em 7:14 claramente inclui Salomão, assim explicando os comentários sobre
transgressões e castigo (1 Crônicas 28:6). Mas, mais uma vez, há um cumprimento
maior no papel do único Filho, elevado acima de anjos para reinar sobre a casa
de Deus (João 1:14; Hebreus 1:5; 3:6). Jesus está no trono e homens ímpios
jamais serão capazes de destroná-lo (Atos 2:30-36; 4:23-31).( -por
Dennis Allan) .(Que a paz Salvadora do Mestre Jesus esteja sobre sua vida e família)).Que Deus abençoe a todos