Diante do chamado de Deus, o jovem Jeremias alegou ser incapaz de
desempenhar tal tarefa, pois não passava de um menino. Curiosamente essa foi a
mesma objeção feita por Moisés quando Deus o chamou (Êxodo 4:10). O rei Salomão também fez uma observação
semelhante quando assumiu o trono de Israel (1 Reis 3:7). Além de indicar uma possível idade prematura para
exercer tamanha responsabilidade, essa resposta do profeta também pode
significar que ele ainda era espiritualmente e socialmente imaturo; talvez uma
pessoa humilde e que não possuía autoconfiança. Mas a objeção do inexperiente
Jeremias não foi um problema para Deus. Na verdade o Senhor o tranquilizou
dizendo: “não temas” (Jeremias 1:8). Deus avisou o profeta que
ele deveria falar tudo o que lhe fosse ordenado; mas também prometeu que
estaria com ele durante os terríveis anos de aflição que se aproximavam. O ministério do profeta Jeremias O profeta Jeremias exerceu seu
ministério num período de pelo menos quarenta anos. Isso significa que se sua
chamada para o ministério profético ocorreu entre 627 ou 626 a.C, o profeta
Jeremias continuou profetizando até pouco depois da queda de Jerusalém, em 587
a.C. Assim, ele profetizou durante os reinados dos últimos cinco reis de Judá:
Josias (640-609 a.C.), Jeoacaz (609 a.C.), Jeoaquim (609-598 a.C.), Joaquim
(598-597 a.C.) e Zedequias (597-586 a.C.). Um fato bastante interessante é que
o ano de início do ministério do profeta Jeremias foi marcado por grandes
reviravoltas internacionais que abalaram a história mundial. Entre 627 e 626
a.C., Assurbanípal, o último grande rei da Assíria, e
Candalanu, o governante da Babilônia, morreram. Então Nabopolasar, pai de
Nabucodonosor, se aproveitou daquele momento conturbado e de enfraquecimento do
Império Assírio e se tornou o rei da Babilônia. Isso acabou culminando na
conquista da Assíria em 612 a.C.; e no florescer do Império Babilônico em 605
a.C. como a maior potência mundial. O ministério do profeta Jeremias começou em
Anatote, e provavelmente ele permaneceu ali durante alguns anos. Durante esse
período, é possível que fosse visto pelos judeus apenas como um profeta
insignificante de um pequeno vilarejo. Existe um período de silêncio no
ministério de Jeremias de cerca de treze anos, entre 621 e 609 a.C. Durante
esse período não há qualquer informação sobre a sua vida. É provável que foi
nesse tempo que ele acabou migrando de Anatote para a capital, Jerusalém. Após
a morte de Josias, Jeoacaz foi colocado no trono de Judá. Mas este reinou por
apenas três meses e foi deposto pelo Faraó Neco. Para servir aos interesses do
Egito, em seu lugar foi posto Jeoaquim. O profeta Jeremias era contra a
liderança de Jeoaquim. Inclusive, foi nos primeiros anos de seu governo que o
profeta proclamou um importante sermão que resultou em seu banimento do Templo
e quase lhe custou a vida (Jeremias 7:1-8:3). O profeta também profetizou a
morte de Jeoaquim (Jeremias 22:18,19; 36:30). Depois da morte de Jeoaquim, seu
filho, Joaquim, assumiu o trono em seu lugar. Mas o jovem monarca governou por
apenas três meses e logo foi levado para a Babilônia. Para o seu lugar
Nabucodonosor colocou Zedequias. Nessa época o Egito e a Babilônia
estavam disputando o controle daquela região, e o profeta Jeremias
repetidamente profetizou acerca da vitória da Babilônia. Ele insistiu que
qualquer esforço para resistir ao avanço da Babilônia, mesmo recorrendo a uma
possível aliança com o Egito, seria inútil. Isso porque a Babilônia era um
instrumento nas mãos de Deus para executar Seu juízo. O profeta acabou sendo
perseguido por causa desse seu posicionamento (cf. Jeremias 37:3,17).( Fonte
Estilo de Adoração)
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