12 de março de 2021

QUEM FOI PROFETA JEREMIAS PARTE 2

 

Diante do chamado de Deus, o jovem Jeremias alegou ser incapaz de desempenhar tal tarefa, pois não passava de um menino. Curiosamente essa foi a mesma objeção feita por Moisés quando Deus o chamou (Êxodo 4:10). O rei Salomão também fez uma observação semelhante quando assumiu o trono de Israel (1 Reis 3:7). Além de indicar uma possível idade prematura para exercer tamanha responsabilidade, essa resposta do profeta também pode significar que ele ainda era espiritualmente e socialmente imaturo; talvez uma pessoa humilde e que não possuía autoconfiança. Mas a objeção do inexperiente Jeremias não foi um problema para Deus. Na verdade o Senhor o tranquilizou dizendo: “não temas” (Jeremias 1:8). Deus avisou o profeta que ele deveria falar tudo o que lhe fosse ordenado; mas também prometeu que estaria com ele durante os terríveis anos de aflição que se aproximavam. O ministério do profeta Jeremias O profeta Jeremias exerceu seu ministério num período de pelo menos quarenta anos. Isso significa que se sua chamada para o ministério profético ocorreu entre 627 ou 626 a.C, o profeta Jeremias continuou profetizando até pouco depois da queda de Jerusalém, em 587 a.C. Assim, ele profetizou durante os reinados dos últimos cinco reis de Judá: Josias (640-609 a.C.), Jeoacaz (609 a.C.), Jeoaquim (609-598 a.C.), Joaquim (598-597 a.C.) e Zedequias (597-586 a.C.). Um fato bastante interessante é que o ano de início do ministério do profeta Jeremias foi marcado por grandes reviravoltas internacionais que abalaram a história mundial. Entre 627 e 626 a.C., Assurbanípal, o último grande rei da Assíria, e Candalanu, o governante da Babilônia, morreram. Então Nabopolasar, pai de Nabucodonosor, se aproveitou daquele momento conturbado e de enfraquecimento do Império Assírio e se tornou o rei da Babilônia. Isso acabou culminando na conquista da Assíria em 612 a.C.; e no florescer do Império Babilônico em 605 a.C. como a maior potência mundial. O ministério do profeta Jeremias começou em Anatote, e provavelmente ele permaneceu ali durante alguns anos. Durante esse período, é possível que fosse visto pelos judeus apenas como um profeta insignificante de um pequeno vilarejo. Existe um período de silêncio no ministério de Jeremias de cerca de treze anos, entre 621 e 609 a.C. Durante esse período não há qualquer informação sobre a sua vida. É provável que foi nesse tempo que ele acabou migrando de Anatote para a capital, Jerusalém. Após a morte de Josias, Jeoacaz foi colocado no trono de Judá. Mas este reinou por apenas três meses e foi deposto pelo Faraó Neco. Para servir aos interesses do Egito, em seu lugar foi posto Jeoaquim. O profeta Jeremias era contra a liderança de Jeoaquim. Inclusive, foi nos primeiros anos de seu governo que o profeta proclamou um importante sermão que resultou em seu banimento do Templo e quase lhe custou a vida (Jeremias 7:1-8:3). O profeta também profetizou a morte de Jeoaquim (Jeremias 22:18,19; 36:30). Depois da morte de Jeoaquim, seu filho, Joaquim, assumiu o trono em seu lugar. Mas o jovem monarca governou por apenas três meses e logo foi levado para a Babilônia. Para o seu lugar Nabucodonosor colocou Zedequias. Nessa época o Egito e a Babilônia estavam disputando o controle daquela região, e o profeta Jeremias repetidamente profetizou acerca da vitória da Babilônia. Ele insistiu que qualquer esforço para resistir ao avanço da Babilônia, mesmo recorrendo a uma possível aliança com o Egito, seria inútil. Isso porque a Babilônia era um instrumento nas mãos de Deus para executar Seu juízo. O profeta acabou sendo perseguido por causa desse seu posicionamento (cf. Jeremias 37:3,17).( Fonte Estilo de Adoração)

 

 

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