Livro Marcos (William Barclay) 3 PREFÁCIO Tenho muitas
dívidas que devo reconhecer. É assim que o Evangelho de Marcos foi muito
afortunado quanto a seus comentaristas, e o material que nos legaram é
realmente inapreciável em seu valor. Por sua vez o International Critical
Commentary deixou a desejar, pois o volume sobre Marcos na série por Ezra P.
Gould, que fora um trabalho inadequado, acha-se hoje ultrapassado. Dos Comentários
que demandam pouco ou nada de grego, o volume a respeito de Marcos na Bíblia de
Clarendon é excelente. O escrito por A. E. J. Rawlinson, Westminster
Commentary, é um dos melhores em idioma inglês. O Moffatt Commentary por B.
Harvie Branscomb não é o útil bastante para o leitor comum, como o são outros
volumes nesta incomparável série. Duas das mais recentes obras sobre Marcos,
The Gospel According to Saint Mark, por R. H. Lightfoot e A Study in Mark de
Austin Farrer, são duas obras mais para o estudioso que para o público em
geral. No texto grego há dois dos mais grandiosos Comentários: o escrito pelo
H. B. Swete no Macmillan Commentary, que fora publicado em 1898, embora resulte
ainda indispensável, e esse monumento de erudição chamado Commentary on Mark,
publicado em 1952 pelo Dr. Vincent Taylor, possuidor de uma tal envergadura que
pode ser cotejado com os maiores Comentários de todos os tempos. Marcos
(William Barclay) 3 Eu, agora, redescobri quão excelente obra é o Evangelho de
Marcos. "A arte", disse um crítico romano, "está oculta em
algumas obras de modo que à medida que se aprofunda se vai revelando mais e
mais". E é somente quando a gente vive com Marcos e o estuda durante meses
que nos damos conta cabal de que grande artista ele foi. É minha esperança e
minha oração que este livro não só seja adequado para capacitar os leitores a
conhecer melhor o Evangelho de Marcos, mas também aproximá-los do Senhor e
Salvador cuja vida Marcos viu de perto, sentindo-se inspirado a escrever.
William Barclay Trinity College, Glasgow, novembro, 1955. INTRODUÇÃO GERAL Pode
dizer-se sem faltar à verdade literal, que esta série de Comentários bíblicos
começou quase acidentalmente. Uma série de estudos bíblicos que estava usando a
Igreja de Escócia (Presbiteriana) esgotou-se, e se necessitava outra para
substituí-la, de maneira imediata. Fui solicitado a escrever um volume sobre
Atos e, naquele momento, minha intenção não era comentar o resto do Novo
Testamento. Mas os volumes foram surgindo, até que o encargo original se
converteu na ideia de completar o Comentário de todo o Novo Testamento. (Estudando
a Bíblia livro por livro que Deus abençoe a todos)
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