
INTRODUÇÃO
Título. Os livros atualmente conhecidos como I e II Reis foram
assim intitulados por causa do seu conteúdo. Na Septuaginta (a versão
grega do V.T.), o original dos Reis Hebreus é considerado como uma
continuação do material contido no livro de Samuel. Está dividido em
duas partes e é intitulado Terceiro e Quarto Reinos. Jerônimo, embora
retendo esta divisão na sua Vulgata, chamou as duas partes de,
simplesmente, O Livro dos Reis.
Os dois livros formam obviamente um todo, cobrindo a história de
Israel, desde a monarquia do período de Salomão até a dissolução da
nação sob o reinado de Zedequias. Trata da sorte da nação de Israel sob a
aliança com o Senhor, destacando os pecados dos reis que violaram a
aliança e deram lugar à deportação de Israel e Judá.
Data e Autoria. II Reis termina com a soltura de Joaquim de sua
prisão de trinta e sete anos - cerca de 562/561 A.C. O livro não poderia
ter sido completado antes dessa data, nem muito depois de 536 A.C., o
ano do retorno da Babilônia, uma vez que nada fala sobre esse
acontecimento. Considerando que este livro é uma unidade e não o
produto de diversos autores em datas sucessivas, deve ser datado do
período de cerca de 562-536 A.C. 2 Reis (Comentário Bíblico Moody) 2
Uma vez que a soltura de Joaquim só teria significado para os
judeus em cativeiro na Babilônia, podemos concluir que I e II Reis foram
escritos por algum judeu cativo vivendo na região da Babilônia.
Fontes. O autor declara explicitamente que obteve o seu material
de: 1) Atos de Salomão (I Reis 11: 41). 2) Crônicas dos reis de Judá (por
exemplo, I Reis 14:29), e crônicas dos reis de Israel (por exemplo, I Reis
14:19). As fontes da história dos reis de Judá nunca estão misturadas
com as da história dos reis de Israel. Portanto, sabemos que cada um dos
acima citados eram documentos separados e distintos. As citações dessas
obras mostram que continham muito mais material do que está contido
em Reis.
Citam-se autores específicos das fontes de primeira mão nos paralelos
entre I e II Crônicas: Natã, o profeta, Aias, o silonita e Ido (II Cronicas. 9:29) ;
Semaías, o profeta e Ido, o vidente (II Cronicas. 12:15); Ido, o profeta (II Cronicas. 13:22);
Isaías, o profeta (II Cronicas. 26:22; 32:32); Jeú (I Reis 16:1). Sendo as fontes,
portanto, material considerado estritamente profético, não simples anais,
temos aqui um registro sem rodeios dos feitos dos reis. Nenhum secretário real
teria tido a coragem de publicar tais fatos incriminadores sobre Davi ou
Jeroboão I, conforme apresentados aqui..(Que a paz Salvadora do Mestre Jesus esteja sobre sua vida e família)).Que Deus abençoe a todos.).