
Jó (Comentário Bíblico Moody) 42 25. Eu sei que o meu Redentor vive, e por fim se levantar sobre
a terra. A esperança de um vingador celestial, divino, que estivera
fortalecendo a alma de Jó (cons. 9:33; 16:18 e segs.), aqui se aperfeiçoa.
A posição do redentor (go’el) era a do parente mais achegado. Era de sua
responsabilidade restaurar a fortuna, liberdade e nome do seu parente,
quando se fizesse necessário, e de corrigir o mal que lhe fosse feito, especialmente vingar o derramamento de sangue inocente. Jó está
confiante em que, embora toda a sua parentela terrestre o deserde (cons.
v. 13 e segs.), seu parente divino está preparado para reconhecê-lo e falar
a seu favor a última palavra no caso (cons. Isaias. 44: 6). O go’el celeste,
ouvindo o grito do sangue inocente de Jó, vindo do pó de sua sepultura
(cons. Jó 16:18; 17:16), perseguirá seus difamadores (vs. 28, 29) e
vingará o seu nome.
26. Depois, revestido este meu corpo da minha pele, em minha
carne verei a Deus. A preposição hebraica aqui traduzida para "em" é
ambígua, significando "em" ou "de" (embora o último significado não
seja comprovado em nenhum outro lugar com um verbo de percepção).
Jó continua considerando a morte iminente para o seu corpo desgastado,
a ser rapidamente destruído por enfermidade (cons. v. 20); mas seu
antigo anseio de um retorno do Sheol para a verdadeira vida (14:13-15)
revive agora como esperança firme. Deus cumprirá inteiramente seu
papel de parente remidor, até mesmo libertando Jó da tirania do rei dos
terrores. Portanto, Jó testemunhará, como jamais poderia se ele fosse
destinado ao isolamento do Sheol (cons. 14: 21, 22), da intervenção
divina no mundo real para sua vindicação. Seja como for que a frase em
minha carne foi traduzida, Jó continua expressando a idéia de uma
renovação do homem como um todo após a morte. A ênfase de 19:27,
provavelmente, não está em que Jó, mais do que qualquer outro venha a
ver Deus, mas que Jó o verá como seu parente remidor, não como a um
estranho que lhe é hostil (cons. vs. 11, 12). Aqui está o começo daquilo
que a revelação progressiva finalmente enunciaria na doutrina da vinda
de Cristo no final dos tempos, a ressurreição dos mortos e o juízo final.
O fato de que nem Jó nem qualquer outro orador subseqüentemente se
refira a estas exaltadas convicções é mais uma indicação de que o
propósito do autor não era a teodicéia. Esta notável investida da fé no
meio do debate serviu para quebrar a tensão de Jó, ainda que seu espírito
não tivesse a capacidade de manter este nível sublime..(Que a paz Salvadora do Mestre Jesus esteja sobre sua vida e família)).Que Deus abençoe a todos.)