Livro Ezequiel (Comentário Bíblico Moody) 113 O envolvimento de Israel com o Egito nessa ocasião foi discutido na Introdução a Ezequiel. Considerando que o Egito era um grande poder mundial, que governava nações e aspirava o domínio universal (29:15), o profeta o trata em escala cósmica. O julgamento do Egito seria "o dia do Senhor" (30:3). A queda desta grande nação seria sentida através de todo o mundo (32:10), enquanto até a criação estremeceria (31:15). O mundo ficaria sabendo que Deus é o Senhor (30:19, 26). Os sete oráculos descrevem de diversos modos o juízo divino sobre o Egito: 1) Faraó como um monstro marinho ou crocodilo seria lançado fora para ser devorado, e a nação seria restaurada em condição mais humilde depois de quarenta anos (29:1-16). 2) O Egito seria entregue a Nabucodonosor como recompensa por seu cerco inútil a Tiro (29:17-21). 3) O Egito seda vencido junto com os seus afiados, sua riqueza, príncipes e cidades (30:1-19). 4) Os braços do Egito seriam quebrados pelos braços do rei da Babilônia (30:20-26). 5) Numa alegoria, Faraó, o cedro magnífico, é cortado e vai para o além em desgraça (31:1-18). 6) Uma lamentação sobre Faraó, o crocodilo do Egito, destruído pelo rei da Babilônia (32:1-16). 7) Um cântico fúnebre pela descida do Egito ao inferno (32:17-32). Ezequiel 29 1) A Desolação e a Restauração do Egito. 29:1-16. a) O Destino do Grande Monstro Marinho. 29:1-5. 1. No décimo ano, no décimo mês, aos doze dias do mês. Janeiro de 586 (ou 587) A. C., sete meses antes da queda de Jerusalém. 2. Faraó, rei do Egito. Apries ou Hofra, da vigésima sexta dinastia (588-569). 3. Crocodilo enorme (tannîm, em muitos manuscritos). Cons. 32:2; Isaias. 27:1; 51:9. Gunkel e outros igualaram este crocodilo (dragão) ao mitológico Tiamat dos babilônios. Ele é, também, freqüentemente associado com o leviatã (Isaias. 27:1; Jó 41:1; Salmos. 74:14) e com "Raabe" (Isaias. 51:9; Jó 26:12, 13. Cons. Barton, Archaeology and the Bible, 279-302; ANET, 61-68, 137). Aqui talvez o dragão seja o crocodilo, pois não há associações mitológicas no presente contexto (cons. A. Heidel, The Babylonian Genesis). O rio, Nilo, yeôr, é uma palavra emprestada do egípcio. Os rios, yeôrîm, são os braços do Nilo no Delta (cons, vs. 4, 5, 10). "O Egito é o presente do Nilo", diz Heródoto, mas Faraó se vangloria: Eu o fiz (cons. v. 9. Também a Siríaca; cons. a LXX). ( Que a paz do Mestre Jesus esteja sobre sua vida e família que Deus abençoe a todos)
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