Livro Ezequiel (Comentário Bíblico Moody) 138 1) Eles apresentam uma descrição literal de um futuro ataque a Israel. Desde Jerônimo até os nossos dias, Gogue tem sido diversamente identificado como os babilônios; os citas; Cambises, rei da Pérsia; Alexandre, o Grande; Antíoco, o Grande; Antíoco Epifânio; Antíoco Eupator; os partas; Mitrídates, rei do Ponto; os turcos de Suleiman; os turcos e os cristãos; os descendentes armênios dos citas; e uma confederação dos poderes do norte da Europa incluindo a Rússia (Rosh; Meseque e Tubal como Moscou e Tobolsqui) e a Alemanha (Gômer). Damos a seguir as objeções às interpretações literais (cons. Fairbairn, 414-431, esp. pág. 421; Keil, II, 432; Faussett, JFB, IV, 348 e segs.): a) A impossibilidade de identificar Gogue e Magogue com uma pessoa ou lugar históricos. b) A improbabilidade de um tal exército conglomerado formando uma coligação milita. c) O tamanho desproporcional do exército invasor em comparação a Israel e seus produtos. d) Os problemas envolvidos no sepultamento dos cadáveres durante sete meses e no uso de armas abandonadas como combustível durante sete anos. e) A rude carnalidade da cena sendo inconsistente com os tempos messiânicos. 2) Eles são uma descrição simbólica de algum acontecimento futuro. Alguns mestres adotam a opinião de Hengstenberg de que esta seção descreve o conflito final da nação de Israel com inimigos não identificados. A interpretação mais tradicional de Havernick e Keil vê isto como a luta final e catastrófica entre a Igreja e as forças do mundo, e o triunfo da verdade divina sobre todas as formas de mundanismo. Este ponto de vista permite que a narrativa seja uma fonte de conforto para Israel e para a Igreja, mas restringe-a a um cumprimento muito distante. 3) Eles constituem uma parábola profética ilustrando uma grande verdade e não se referindo a nenhum acontecimento histórico específico. As ilustrações de Ezequiel freqüentemente têm detalhes que não podem ser literalmente forçados (por exemplo, 16:46-51, 53-56, 61) mas fazem parte do aspecto da história. Aqui as imagens elaboradas e misteriosas expressam uma grande verdade. Para Israel na Babilônia esta profecia dava a certeza de que, uma vez restaurada à sua terra, o poder de Deus a protegeria dos piores inimigos imagináveis. Para a Igreja sofrendo nas mãos de seus mais implacáveis perseguidores, esta é uma promessa do livramento divino. O triunfo final do Messias no tempo do fim também está implícito nesta parábola. Este ponto de vista torna a passagem pertinente a cada período da história. O propósito das obras apocalípticas como esta é o "desvendamento" do futuro, mostrando o Senhorio de Deus sobre ele. Assim elas orientam e fortalecem o povo de Deus em períodos de trevas (por exemplo, Daniel, Apocalipse. Cons. H.H. Rowley, The Relevance of Apocalyptic). ( Que a paz do Mestre Jesus esteja sobre sua vida e família que Deus abençoe a todos)
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