1 de março de 2025

ESTUDANDO A BIBLIA LIVRO POR LIVRO

 

 Livro Marcos (William Barclay) 163  Nenhum judeu ortodoxo viajava sem sua cesta (kofinos). Os romanos se riam dos judeus e suas cestas. Por duas razões portavam essa cesta que era uma obra de vime com forma de uma jarra de pescoço estreito que se alargava à medida que descia. Primeiro, o judeu bem ortodoxo portava em sua cesta sua provisão de mantimentos, a fim de estar seguro de comer mantimentos cerimonialmente limpos e puros. Segundo, muitos judeus eram habituais mendigos, e na cesta levavam o produto de sua atividade. A razão de que as cestas fossem doze é simplesmente que os discípulos eram doze. Eles recolheram em suas próprias cestas, frugalmente, os fragmentos para que nada se perdesse. O maravilhoso desta história é que através de toda ela corre implícito um contraste entre a atitude de Jesus e a dos discípulos. (1) Mostra duas reações à necessidade humana. Quando os discípulos viram que já era tarde e que a multidão estava cansada e faminta, disseram: "Despede-os para que vão procurar o que comer." Mas o que em realidade quiseram dizer foi: "Este povo está cansado e faminto. Despede-os, e que algum outro se ocupe deles." A resposta de Jesus foi: "Dai-lhes vós de comer." Com isso quis dizer: "Visto que estão cansados e famintos, temos que fazer algo por eles." Sempre há quem sabe muito bem que outros estão em dificuldades e necessidade, mas querem passar a outros a responsabilidade de fazer algo, e sempre há quem quando vê a outro em dificuldades se sente compelido a fazer algo para remediá-las. Há quem diga: "Que outro tome conta." E há quem diga: "Eu devo me preocupar com a necessidade de meu próximo." (2) Mostra-nos duas reações ante os recursos humanos. Estendo Jesus pediu aos discípulos que dessem algo de comer ao povo, eles insistiram em que não alcançariam duzentos denários para comprar suficiente pão. O denário era uma moeda romana de prata, de uns quatro gramas, que representava em termos gerais o salário diário de um trabalhador. Em realidade, o dito dos discípulos equivale a: "'Em mais de seis meses não poderíamos ganhar o suficiente para dar de comer a esta multidão." Estavam dizendo: "O que temos não é suficiente." Jesus perguntou: "O que têm?" Tinham cinco pães. João (6:9) diz-nos que eram pães de cevada, e os pães de cevada eram o alimento dos mais pobres entre os pobres. Era o mais barato e o mais rústico de todos os pães. Tinham dois peixe. Seriam do tamanho aproximado das sardinhas. Tariquea – que significa Povo do Peixe Salgado – era um lugar bem conhecido sobre o lago, de onde se enviava peixe salgado a todas partes do mundo. Os pequenos pescados salgados se comiam como uma guloseima com os pãozinhos secos. Não era muito. Mas Jesus os tomou e operou maravilhas. Nas mãos de Jesus sempre o pouco é muito. Podemos pensar que temos pouco talento ou capacidade ou bens para dar a Jesus. Não há razão para um pessimismo desesperado como o que tinham os discípulos. A única coisa fatal dizer é: "Para o que posso fazer, não vale a pena que tente fazer nada." Se nos pusermos nas mãos de Jesus, é impossível dizer o que Ele pode fazer conosco e por meio de nós .(Estudando a Biblia livro por livro que Deus abençoe a todos)

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