28 de março de 2025

ESTUDANDO A BIBLIA LIVRO POR LIVRO

 

Livro Marcos (William Barclay)  205 Já não se lançavam os cristãos aos leões; mas ainda os prisioneiros capturados na guerra tinham que lutar e matar-se entre si para diversão  do povo romano. Ainda os homens rugiam com o desejo de sangue ao  presenciar as lutas. Telêmaco se dirigiu ao circo. Havia oitenta mil  pessoas. Estavam terminando as carreiras de carros e a multidão, tensa,  aguardava que saíssem os gladiadores. Quando saíram à arena, lançaram  sua habitual saudação: "Ave, César, os que vão morrer te saúdam!"  Começou a luta, e Telêmaco se escandalizou. Homens por quem Cristo  tinha morrido se estavam matando entre si para divertir a um povo  supostamente cristão. Saltou a barreira, e se encontrou entre os  gladiadores e, por um momento, eles se detiveram. "Que continue o  jogo", rugiu a multidão. Eles empurraram a um lado o ancião, vestido  ainda com suas roupas de ermitão. Mas voltou a interpor-se entre eles. A  multidão começou a jogar-lhe pedras; insistiam aos gladiadores para que   o matassem e o tirassem do meio. O comandante dos jogos deu uma  ordem; a espada de um gladiador se levantou, relampejou e deu o golpe;  e Telêmaco caiu morto. E repentinamente se fez silêncio na turba. Foram  compungidos porque um santo precisou morrer dessa maneira.  Repentinamente a massa compreendeu o que era realmente essa morte.  Naquele dia os jogos terminaram abruptamente e nunca se reataram.  Telêmaco, morrendo, tinha-lhes posto fim. Como diz Gibbon: "Sua  morte foi mais útil à humanidade que sua vida." Perdendo a vida tinha  feito muito mais do que jamais teria feito se a tivesse poupado em sua  devoção solitária no deserto.  Deus nos deu a vida para usá-la, não para guardá-la. Se vivermos  cuidadosamente, poupando a vida, pensando sempre primeiro em nosso  proveito, comodidade, conforto, segurança; se nossa única meta é fazer a  vida tão longa e livre de cuidados como podemos, se não fizermos  esforço algum salvo para nós mesmos, estamos perdendo a vida todo o  tempo. Mas se gastarmos nossa vida por outros, se esquecermos a saúde  e o tempo e a riqueza e a comodidade em nosso desejo de fazer algo por  Jesus e pelos homens por quem Ele morreu, estamos todo o tempo  ganhando a vida.   O que teria sido do mundo se médicos, homens de ciência e  inventores não tivessem estado dispostos a fazer arriscados experimentos  freqüentemente em seus próprios corpos? O que teria sido da vida se  todos tivessem querido somente permanecer tranqüilos e cômodos em  seus lares, e não tivesse havido. tal coisa como exploradores e pioneiros?  O que ocorreria se todas as mães se negassem a correr o risco de  conceber um filho? O que aconteceria se todos os homens gastassem em  si mesmos tudo o que têm?   A própria essência da vida consiste em arriscá-la e gastá-la, não em  poupá-la e acumulá-la. Certamente, é o caminho do cansaço, o  esgotamento, o dar até o supremo, mas é melhor queimar-se cada dia que  enferrujar-se, porque esse é o caminho à felicidade e a Deus.(Estudando a Biblia livro por livro que Deus abençoe a todos)

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