
1 Crônicas (Comentário Bíblico Moody) 43 C. Últimos Dias de Davi. 21:1 – 29:30.
O pecado de Davi com Bate-Seba precipitou uma cadeia de crimes
(cons. a licenciosidade de Amnom, na qualidade de "filho do rei", II Samuel.
13:4), que se centralizaram à volta do príncipe Absalão e ocuparam o
espaço de onze anos completos (II Samuel. 13:23, 38; 14:28; 15:7, traduções
com variantes), ou aproximadamente de 990 a 979 A.C. Tal conduta
pouco exemplar contribuía pouco, contudo, para o propósito de Esdras
de incorporar aos homens do seu tempo a piedade que caracterizou Davi
nos melhores dias. Grande parte dos acontecimentos registrados em II
Samuel. 11-19 não encontram igualmente o paralelo na obra do cronista
(cons. Introdução, Ocasião).
Entre esses deve-se também incluir a revolta de Seba (II Samuel. 20);
de modo que não foi antes de 975 A.C., nos últimos anos da vida de
Davi, que a análise histórica das Crônicas foi retomada. Apresenta então
o decorrer do recenseamento de Davi (I Crônicas. 21), que resultou na
revelação do sítio para o Templo e os preparativos para a sua construção
(cap. 22). Os resultados do gênio organizador de Davi, tanto na esfera
religiosa (caps. 23-26) rumo na administração civil (cap. 27), foram
esboçados, seguidos de seu desafio final feito ao povo para que fosse
fiel ao seu Deus (caps. 28-29). Só o capítulo 21 tem um paralelo direto
em outra passagem das Escrituras.
1 Crônicas 21
1) O Recenseamento. 21:1-30. Embora a causa do recenseamento
de Davi estivesse na provocação de Israel contra Deus (II Samuel. 24:1), e
embora a própria insistência do rei em se fazer um recenseamento constituísse pecado (v. 3, observação), o conseqüente arrependimento de
Davi não só foi exemplar sob todos os aspectos (vs. 8, 13, 17, 24), mas
também veio a ser o meio pelo qual Deus indicou o local para se colocar
o grande altar do sacrifício, dentro do Templo que logo seria construído
em Jerusalém. O cronista portanto repassa esses acontecimentos, os
quais também formam o capítulo conclusivo do apêndice de II Samuel
(cap. 24).
1. Então Satanás . . . incitou a Davi. Por causa da antipatia de
Satanás contra Israel e, em última análise, contra o Deus de Israel
(cons. Jó 1:11; 2:5). O registro paralelo (II Samuel. 24:1) penetra mais
profundamente na questão e mostra quê Satanás não passou de um
instrumento de Deus, sendo usado -para executar o castigo que Israel
merecia por causa dos seus pecados, possivelmente suas revoltas contra
Davi, o ungido de Deus, que terminaram só com a morte de Seba antes
de 975 A.C. (cons. Jó 1:12; 2:6; I Reis 22:22, 23).
3. Culpa sobre Israel. Não que houvesse algo inerentemente
errado no recenseamento (cons. Números. 1:1, 2; 26:1, 2); mas neste caso
Davi parecia estar procurando segurança na força dos seus exércitos (v.
5) mais do que na fé nas promessas de Deus (compare com 27:23 e Salmos.
30:6; veja I Crônicas. 22:1, observação)..(Que a paz Salvadora do Mestre Jesus esteja sobre sua vida e família)).Que Deus abençoe a todos.)