
Jó (Comentário Bíblico Moody) 18 Doutrina vil só pode oferecer conforto vão. Porventura não é o teu
temor de Deus aquilo em que confias, e a tua esperança a retidão dos
teus olhos? (4: 6). Elifaz não duvida da justiça essencial de Jó. Portanto,
esperando arrancá-lo de seu abatimento, ele lhe assegura que por causa
de sua piedade, ele não perecerá. Mas esta avaliação favorável de alguém
que foi humilhado é inconsistente com a teoria do próprio Elifaz. Para
ser consistente ele deveria considerar Jó como o mais desprezível filho
de Belial. Pois a agonia do patriarca é tão grande que ele cobiça
apaixonadamente a morte da qual Elifaz, declarando ser a pior
calamidade que pudesse sobrevir aos incrédulos, diz que ele está imune.
Mais tarde, quando Elifaz já elaborou sua posição mais
consistentemente, ele acusa Jó de hipocrisia e criminalidade. No seu
primeiro discurso, contudo, desprezando a severidade excepcional dos
sofrimentos de Jó, ele o classifica entre os pecadores generalizadamente
moderados, homens justos moderadamente sofredores e apenas fica
perplexo diante de suas lamúrias não imoderadas. Jó levantou uma questão sobre a sabedoria da providência divina.
Elifaz se opõe com o argumento de que os homens decaídos, piedosos ou
incrédulos, estão carentes de sabedoria e justiça e, portanto,
incompetentes para criticar a Providência (4:12-21). Eles são, além
disso, alvos justos de todos os infortúnios que sobrevêm aos mortais
(5:1-7).
12. Uma palavra se me disse em segredo; e os meus ouvidos
perceberam um sussurro dela. Como fonte suplementar de seus
conhecimentos, Elifaz refere-se impressionante mente a uma revelação
especial que lhe foi concedida em uma visão noturna (v. 15) de arrepiar
os cabelos. Sua narrativa da misteriosa aparição e voz (vs. 15, 16) serve
para o revestir de um manto profético. (Com referência a semelhantes
aspectos de teofanias testemunhadas por Abraão, Moisés e Elias, veja
Génesis. 15:12; Números . 12:8; I Reis 19:12). O conteúdo da alegada revelação
está em Jó 4:17-21, seria porventura o mortal justo diante de Deus?
17. Seria a o homem puro diante do seu Criador? A tradução da
E.R.C. também é gramaticalmente possível e fornece uma réplica
adequada para o desafio feito ao governo de Deus implícito na
lamentação de Jó. Se, comparando-se com a sabedoria divina, até a
sabedoria dos anjos é imperfeita (v. 18), certamente os homens que
vivem e morrem e não atingem a sabedoria (v. 21b) não estão
qualificados para se assentarem e julgarem os caminhos de Deus.
Analisando a inferioridade do homem diante dos anjos, em termos de sua
mortalidade, Elifaz faz eco ao veredito divino contra o corpo do homem
que é pó (v. 19; cons. Gênesis. 3:19).(Que a paz Salvadora do Mestre Jesus esteja sobre sua vida e família)).Que Deus abençoe a todos.)