NDANDO NA VERDADE

1 Pedro: A Santidade dos Peregrinos A Primeira Epístola de Pedro (1 Pedro) é uma carta bem prática enviada pelo apóstolo Pedro a cristãos espalhados na Ásia Menor, atual Turquia. Geralmente acredita-se que esta carta fosse escrita nos anos 60 d.C., talvez um pouco antes da perseguição severa de Nero contra os cristãos. Mas sua mensagem não é limitada em termos de tempo nem geografia. A mensagem de 1 Pedro é facilmente aplicada em qualquer momento e lugar.  Nessa carta, Pedro ensina a importância de encarar a vida de uma perspectiva eterna. Ao invés de se entregar às paixões carnais que trazem prazeres momentâneos, devemos lembrar que cada passo que tomamos nos aproxima mais do nosso destino eterno - seja a condenação ou o descanso glorioso na presença de Deus.  Os capítulos deste pequeno livro tratam de assuntos ligados a essa perspectiva eterna:  Capítulo 1 introduz o conceito de peregrinos santificados que buscam a vida eterna.  Capítulo 2 frisa a posição dos seguidores de Cristo como a casa espiritual de Deus.  Capítulos 2 e 3 falam dos papéis dos cristãos neste mundo, frisando a submissão.  Capítulo 4 trata da atitude dos discípulos do Senhor no meio de um mundo que os rejeita.  Capítulo 5 inclui orientações para os presbíteros e comentários de encerramento da carta.  Pedro dá destaque especial a alguns temas, entre eles: a peregrinação, a santidade e a submissão.  Ele usa as figuras de peregrinos e forasteiros, partindo da situação terrestre dos leitores originais (1 Pedro 1:1), para descrever a circunstância espiritual de todos os seguidores de Cristo (1 Pedro 1:17; 2:11-12). Somos residentes temporários deste mundo, esperando chegar à nossa pátria definitiva e celestial. Esta abordagem à vida sugere uma mentalidade de mochileiro. Não devemos nos apegar às coisas desta vida, pois vamos deixar tudo para trás. Um mochileiro vive livre para passar facilmente para outro lugar, não atrapalhado por um excesso de bens. Da mesma maneira, o cristão deve viver investindo na sua vida eterna, e não preocupado com as coisas desta vida. Jesus falou de um aspecto desta mentalidade quando disse: “Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu” (Mateus 6:19-20). Pedro falou sobre os prazeres da imoralidade, da idolatria e dos vícios dos homens como outro exemplo do mesmo problema: “...para que, no tempo que vos resta na carne, já não vivais de acordo com as paixões dos homens, mas segundo a vontade de Deus. Porque basta o tempo decorrido para terdes executado a vontade dos gentios, tendo andado em dissoluções, concupiscências, borracheiras, orgias, bebedices e em detestáveis idolatrias” (1 Pedro 4:2-3).  O alvo para o discípulo de Cristo é a santidade, e o modelo perfeito é o próprio Senhor. Pedro citou o livro de Levítico quando disse: “Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância; pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo” (1 Pedro 1:14-16).  A santidade dos peregrinos depende da sua submissão. Em primeiro lugar e acima de todos, devemos ser submissos a Deus: “Ora, se invocais como Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo as obras de cada um, portai-vos com temor durante o tempo da vossa peregrinação” (1 Pedro 1:17). Essa obediência a Deus exige, também, a submissão a pessoas que exercem autoridade sobre nós. Pedro ensinou os servos a se sujeitarem aos seus senhores (1 Pedro 2:18), as mulheres a serem obedientes aos seus maridos (1 Pedro 3:1), os cristãos a serem mutuamente submissos (1 Pedro 4:10) e todos a serem submissos ao governo (1 Pedro 2:13-17).  Em 1 Pedro, o autor incentivou santos submissos a procurarem a vida eterna! (-por Dennis Allan).Que Deus abençoe a todos pastor Antonio Marques