Livro Ezequiel (Comentário Bíblico Moody) 7 Oeder, em 1771, negou a autenticidade dos
capítulos 40-48, e Carrodi (1791) rejeitou também o 38 e 39. Zunz (1831)
colocou o livro dentro do período persa, em cerca de 440-400, com os capítulos
25-28 em 332 A.C. Seinecke (1876-1884) considerava Ezequiel como uma
pseudoepigrafia de 163 A.C. Kraetzchmar (1900) e Herman (1908) defendiam que
havia duas revisões do livro. Gustav Holscher, em 1924, propôs a teoria radical
de que só as mensagens de juízo escritas na métrica que podiam ser atribuídas a
Ezequiel com certeza. Portanto, seis sétimos da obra são editoriais, ele dizia,
só 170 versículos do total de 1273 foram escritos pelo profeta. C.C. Torrey
(1930) considerava o livro como uma pseudoepigrafia datada de 230 A.C., mas
dando a entender que era do período de Manassés. Para apoio de suas teorias ele
citava o Talmud Baba Bathra 14b-15a, do século quarto d.C., que trata o exílio babilônico
como sendo uma invenção (contrariando os descobrimentos da arqueologia; cons.
W.F. Albright, "The American Excavations at Tell Beit Mirsim", ZAW,
6, 1929, pág. 16), e encontrou muitos aramaicismos recentes no livro. Para uma
explicação, consulte Howie, "The Aramaic of the Book of Ezekiel" (op.
cit., págs. 47-68). W. A. Irwin (1943) só atribui 251 versículos em forma
poética dos capítulos 1-39 a Ezequiel. O restante da profecia, 80 por cento do
livro, ele diz, é "comentário falso", refletindo muitos acréscimos de
uma multidão de mãos por um longo período de tempo. É bom dar atenção à nota de
cautela proferida por H.G. May em seu comentário sobre Ezequiel : "A
crítica literária e histórica não é uma ciência exata . . . Entra nela o
elemento subjetivo, pois em um livro como Ezequiel, os mestres são
influenciados pelo seu conceito total de desenvolvimento e características da
religião e história hebraicas" (IB, VI, 45). As alegações históricas, a
natureza da linguagem usada, a evidência de que Ezequiel viveu antes do Templo
Salomônico ser destruído são todas evidências positivas de apoio à data
tradicional do livro (cons. Howie, "The Date of the Prophecy", op.
cit., págs. 2746). O Texto Massorético (MT, o texto hebraico recebido,
preservado e pontuado pelos escribas entre os anos 600 e 900 d.C.) tem muitas
corrupções textuais, conforme indicado no comentado. Os recorrem às versões,
particularmente à Septuaginta (LXX), tentando restaurar o texto. O Códice 967
do Papiro da Septuaginta, o papiro de Chester Beatty, contendo Ezequiel 11-17
com lacunas, e a coleção de John H. Scheide, contendo a maior parte de Ezequiel
19:12-39: 29, com data anterior ao Hexapla de Orígenes do terceiro século d.C.,
são especialmente úteis. É de se esperar que dos manuscritos e fragmentos dos
Rolos do Mar Morto logo brotará luz sobre o texto de Ezequiel.( Que a paz do
Mestre Jesus esteja sobre sua vida e família que Deus abençoe a todos)
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