27 de março de 2024

ESTUDANDO A BÍBLIA LIVRO POR LIVRO


 Livro INTRODUÇÃO O Autor. Do próprio Habacuque nada se sabe, exceto o que se pode deduzir deste livro que leva o seu nome. Ele é chamado de "o profeta", sendo possível, portanto, que além de possuir o dom da profecia fosse também membro do grupo de profetas profissionais. Algumas observações musicais feitas ao salmo contido no capítulo dão a ideia de que ele tenha profetizado no Templo, como os homens que foram mencionados em I Crônicas. 25:1. Coisa precária é dizermos algo sobre o caráter do profeta com base na sua obra. Seu nome parece derivar de uma raiz hebraica que significa "abraçar". Jerônimo (quinto século d.C.) declarou que o profeta era chamado "O Abraçador", por causa do seu amor a Deus ou porque lutou com Deus. Uma tradição rabínica liga o nome com II Reis 4:16 e diz que Habacuque era filho da sunamita. É claro que isto não passa de fantasia e a não ser que o nome do profeta fosse dado em antecipação ao seu ministério, como no caso de Jesus (Mateus. 1:21), qualquer conjectura quanto ao seu significado, embora interessante, é absolutamente sem sentido. Habacuque foi citado na lenda apócrifa de Bel e o Dragão salvando Daniel da cova dos leões uma segunda vez. Não necessitamos dar crédito a esta ou outras tradições que declaram que Habacuque fugiu para a Arábia quando Jerusalém caiu e retornou à Palestina depois do exílio babilônico. Essas histórias, entretanto, apontam para o momento aproximado em que o profeta ministrou. Data. O momento exato da autoria da profecia tem sido objeto de conjecturas como também a pessoa do profeta. Mestres competentes têm Habacuque (Comentário Bíblico Moody) 2 sugerido datas que vão desde 650 A.C. (C.F. Keil, Commentary on the Minor Prophets, pág. 410) a 330 A.C. (E. Sellin, Introduction to the Old Testament, pág, 183). Por diversos motivos a primeira data parece ser um tanto precoce, uma vez que coincide com o período do domínio assírio em Judá; enquanto a última está intimamente relacionada com a opinião de que os exércitos invasores descritos no primeiro capítulo da profecia não foram os caldeus mas os gregos sob a liderança de Alexandre, o Grande. A conclusão mais satisfatória parece ser que a profecia foi escrita em um período quando os caldeus ou babilônios estavam começando a ficar indóceis contra o poder assírio e talvez até mesmo a demonstrar a sua força. Colocar a composição do livro bem mais tarde do que isto, seria presumir que não foi realmente um predição da invasão de Judá pelos caldeus mas uma referência ao que realmente já tinha acontecido e portanto uma simples explicação da presença dos babilônios no ocidente como instrumento do Senhor. A melhor conclusão parece ser que a profecia foi escrita quase no fim do reinado de Josias (640-609 A.C.), de preferência depois da destruição de Nínive pelas forças dos babilônios, medos e citas combinados em 612 A.C. Essa época parece plausível por dois motivos. Uma é que o profeta parece surpreso em saber que os caldeus foram escolhidos por Deus para castigarem a Judá desobediente; afinal, o bom Rei Josias não era pró[1]babilônico em suas simpatias políticas e não procurou atrapalhar o avanço de Faraó-Neco quando este pretendia lutar contra os babilônios em 609 A.C.? O outro motivo é que o despertar do poder caldeu fosse suficientemente evidente para que a descrição do profeta tivesse significado para os seus ouvintes. Certamente o livro deveria datar de antes de 605 A.C. , quando Nabucodonosor fez sua primeira invasão da Palestina e levou Daniel e outros como prisioneiros para a Babilônia. ( Que  a paz do Mestre Jesus esteja sobre sua vida e família que Deus abençoe a todos)

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