Livro Marcos (William Barclay) 51
Se o leproso se curava e a verdadeira lepra naquela época era incurável, de
modo que aqui estamos falando de outras enfermidades similares cobertas com o
mesmo termo devia submeter-se a uma complicada cerimônia de restauração que se
descreve no Levítico 14. Examinava-o um sacerdote. O doente curado devia levar
duas aves, uma das quais se sacrificava em cima de uma correnteza. Além disso,
tomava madeira de cedro, grão e hissopo, as que eram empapadas com o sangue da
ave sacrificada, junto com a ave viva. Logo esta última era solta para que se
fora voando. O doente curado se lavava, raspava-se e lavava sua roupa. Sete
dias depois voltava a ser revisado. Então tinha que rapá-la cabeça e as sobrancelhas.
Realizavam-se certos sacrifícios (dois cordeiros sem defeitos e uma cordeira;
três décimos de uma medida [f] de farinha fina mesclada com azeite e uma porção
[log] de azeite). Aos pobres se exigia menos. O doente curado era tocado com o
azeite e o sangue dos sacrifícios no lóbulo da orelha direita, no polegar
direito e no polegar do pé direito. Por último, era novamente revisado, e se
verdadeiramente a enfermidade tinha desaparecido permitia que se reintegrasse à
sociedade, com um certificado estendido pelo sacerdote. Sobre este pano de
fundo, contemplamos uma das imagens mais reveladoras de Jesus: (1) Não expulsou
de sua presença a um homem que tinha violado a Lei. O leproso não tinha direito
de dirigir-lhe a palavra. Jesus sai ao encontro da desesperadora necessidade
humana com um espírito de pormenorizada compaixão. (2) Jesus estendeu sua mão e
o tocou. Jesus toca um homem impuro. Para ele não era um homem impuro, era só
um ser humano que necessitava desesperadamente sua ajuda. (3) Depois de
curá-lo, Jesus o envia a cumprir com o ritual que prescrevia a Lei. Cumpriu a
Lei e a justiça humanas. Não desafiava as convenções, mas sim, quando era
necessário, submetia-se a elas. Marcos 2 Uma fé que não se poderia negar - Marcos.
2:1-5 O argumento irrebatível - Marcos. 2:6-12 O chamado do homem odiado por
todos - Marcos. 2:13-14 Onde a necessidade é maior - Marcos. 2:15-17 A alegre
companhia - Marcos. 2:18-20 A necessidade de conservar a mente jovem - Marcos.
2:21-22 A piedade autêntica e a piedade falsa - Marcos. 2:23-38 UMA FÉ QUE NÃO SE
PODERIA NEGAR Marcos 2:1-5 Depois de completar sua excursão pelas sinagogas,
Jesus volta a Cafarnaum. Imediatamente circula a notícia de sua volta. A vida
na Palestina era muito pública. Pela manhã se abriam as portas das casas e
qualquer que quisesse podia entrar ou sair delas. Nunca se fechavam as portas,
exceto quando alguém deliberadamente queria estar a sós; uma porta aberta
significava um convite a todos para entrar. Nas casas mais humildes, como deve
ter sido está, não havia vestíbulo. A porta dava diretamente sobre a rua. De
maneira que em um momento a casa esteve cheia de gente e até cobriam a rua,
sobre a fronte. Todos escutavam avidamente o que Jesus dizia. Chegaram então, a
esta multidão, quatro homens que levavam consigo a um amigo paralítico, sobre
uma maca. Não puderam atravessar a massa de gente, mas eram homens de recursos.
As casas palestinas tinham terraço. Esse terraço se usava como um lugar tranquilo
onde se podia dormir de noite, de modo que pelo general se tinha acesso a ela
por uma escada exterior. A construção do teto, permitia fazer o que estes
homens engenhosos se proposto. O teto estava apoiado sobre vigas plainas que
foram de parede a parede distanciadas coisa de um metro entre si. Sobre as
vigas se colocava uma capa de ramos, coberta com barro calcado. Logo se
revogava a superfície. Sendo que a maior parte do teto era de terra, não era
pouco frequente que nos terraços crescesse erva. (Estudando a Bíblia livro por
livro que Deus abençoe a todos)
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