11 de abril de 2025

ESTUDANDO A BIBLIA LIVRO POR LIVRO

 

Livro Marcos (William Barclay) 225 (1) Todo homem tem direito a seus pensamentos. Tem direito de pensar as coisas em profundidade, até chegar a suas próprias conclusões e suas próprias crenças. E isto é precisamente o que deveríamos respeitar. Somos muito propensos a condenar o que não entendemos. William Penn disse uma vez: "Não menosprezem nem se oponham àquilo que não entendem". Em Judas 10 se fala dos que "blasfemam das coisas que não conhecem". E esta é uma enfermidade muito comum entre os cristãos. Há duas coisas que devemos recordar. (a) Há mais de um caminho para Deus. "Deus", como diz Tennyson, "realiza-se de muitas maneiras". Cervantes disse uma vez: "São muitos os caminhos pelos quais Deus leva a céu os seus". Depois de tudo, o mundo é redondo, e duas pessoas podem chegar precisamente  ao mesmo destino partindo em direções opostas. No império romano existia o marco de ouro, no meio do foro de Roma, e desde esse famoso marco se medeiam as distâncias para todas as partes do .império. Era certo que "todos os caminhos levam a Roma". E também é certo que todos os caminhos, se os seguirmos durante suficiente tempo e até suficientemente longe, conduzem a Deus. É algo terrível que um homem ou uma Igreja creia que tem o monopólio da salvação. (b) Sempre é preciso lembrar que a verdade é maior do que ninguém pode abranger. Ninguém pode abranger toda a verdade. A base da tolerância não é a aceitação ociosa de algo. Não é o sentimento de que em nenhuma parte pode haver segurança. A base da tolerância é simplesmente a compreensão da magnitude do círculo da verdade. John Morley escreveu: "Tolerância significa reverência por todas as possibilidades da verdade, significa o reconhecimento de que ela habita em diversas mansões e usa roupas de muitas cores e fala em muitas línguas estranhas. Significa um franco respeito pela liberdade da consciência interior contra as formas mecânicas, os convencionalismos oficiais, a força social. Significa caridade, a qual é maior que a fé ou a esperança". A intolerância é sinal tanto de arrogância como de ignorância, porque é sinal de que alguém acredita que não há mais verdade que a que ele pode ver. (2) Não só devemos conceder a cada qual o direito de pensar por si mesmo, mas também devemos conceder também a cada qual o direito de falar por si mesmo. De todos os direitos democráticos o mais apreciado de todos é a liberdade de palavra. Há limites, naturalmente. Se alguém está inculcando doutrinas destinadas a destruir a moralidade e a tirar os fundamentos de toda a sociedade civilizada e cristã, deve ser combatido. Mas a maneira de combatê-lo certamente não é eliminá-lo pela força, e sim demonstrar que está equivocado. Voltaire expressou o conceito de liberdade de palavra em uma vívida sentença: "Odeio o que diz", disse, "mas daria minha vida por defender seu direito a dizê-lo".(Estudando a Biblia livro por livro que Deus abençoe a todos)

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