
Jó (Comentário Bíblico Moody) 46 2-11. Uma vez que o Deus Todo-suficiente não pode ser ajudado ou
prejudicado por atos humanos, a resposta para os sofrimentos de Jó não
se encontra nele (vs. 2, 3). Certamente Jó não está sendo punido pela
piedade: Ou te repreende pelo teu temor de Deus (v. 4a). Dessas
premissas negativas Elifaz extrai sua conclusão positiva em uma triste
traição à verdade e à fraternidade. Porventura não é grande a tua
malícia? (v. 5a). Por isso estás cercado de laços (v. 10a). Por falta de
evidências reais, Elifaz encontra a chave da natureza exata dos crimes de
Jó em sua antiga riqueza – sua acumulação devia estar contaminada por abuso desumano dos pobres e dos fracos (vs. 6-9). Contrariando esta
drástica super-simplificação do dilema de Jó, o Prólogo revelou para o
leitor, é claro, que a resposta se encontra em Deus, o qual, ainda que
Todo-suficiente em si mesmo, glorifica-se nas Suas obras e tinha
decretado a provação de Jó para o louvor de Sua sabedoria redentora.
12-20. E dizes: Que sabe Deus? (v. 13a). Presumindo que lê os
pensamentos secretos de Jó, Elifaz coloca blasfêmias na sua boca,
contrárias aos sentimentos que ele realmente expressou (vs. 12.14). O
argumento fictício é, então, insatisfatoriamente respondido, apelando ao
juízo divino excepcional sobre a geração do Dilúvio (15 e segs.; cons.
Gênesis. 6:1-7; 8:21, 22).
21-30. As últimas palavras de Elifaz, insistindo na volta para Deus
com esperança de paz e bênçãos, fazem-nos lembrar que, apesar de tudo,
ele era um amigo na família da fé. Não obstante, esta consolação está
viciada por seu espírito farisaico e sua implícita repetição de falsas
acusações. Em sua maneira distorcida essas promessas eram proféticas
quanto ao resultado. Observe especialmente 22:30. E livrará até ao que
não é inocente; um, será libertado, graças à pureza de tuas mãos.
Cons. intercessão de Jó em favor dos amigos (42:7-9).
b) A Terceira Réplica de Jó a Elifaz. 23:1 - 24:25.
Jó 23
O patriarca abstém-se de indignamente negar as infundadas
acusações de Elifaz, e retoma o tema de seu discurso anterior (cap. 21).
Este monólogo é, portanto, só indiretamente uma resposta a Elifaz. Jó
medita sobre a ausência desconcertante de justiça discernível na conduta
divina para com ele, um homem justo (cap. 23), e para com os ímpios
(cap. 24).(Que a paz Salvadora do Mestre Jesus esteja sobre sua vida e família)).Que Deus abençoe a todos.)