Livro Ezequiel (Comentário Bíblico Moody) 63 Possivelmente Ezequiel usou uma fábula
conhecida e a desenvolveu em uma alegoria, de acordo com o gosto oriental. A
cidade de Jerusalém, uma criança enjeitada de origem desconhecida, foi deixada
à beira da estrada para morrer. Mas foi recolhida pelo Senhor, que se
transforma no seu benfeitor (vs. 1-7). Tendo crescido e se tornado uma linda
moça, ela se casa com o seu benfeitor e se torna a sua consorte real (vs.
8-14). A orgulhosa rainha se comprova ser totalmente infiel e adúltera com os
cananeus e outros pagãos (vs. 15-34). O castigo para tal conduta, que está
descrita nos versículos 35-43, está justificado, uma vez que a sua depravação é
pior do que a de suas duas irmãs, Sodoma e Samaria (vs. 44-52). Não obstante, o
Senhor faz gloriosas promessas de restauração para as três irmãs (vs. 53-58),
predizendo que a penitente Jerusalém experimentará uma gloriosa reconciliação
através de uma aliança eterna (vs. 59-63). a) Jerusalém, a Criança Enjeitada.
16:1-7. 2. As suas abominações. Especialmente a adoração de Baal e Moloque (vs.
15-22) e as alianças com as nações pagar (vs. 23-34). 3. Os cananeus. Mencionados
na Estela de Amenhotep II (1447- 1421), nas Cartas de El Amarna em cerca de
1370 A.C., e nos antigos encantamentos heteus (Veja ANET, págs. 246, 352, 483,
484). Amorreu (habitante do oeste). Ou os amurru, um poderoso povo semita que
invadiu o Crescente Fértil em cerca de 2000 A.C. Cons. Gênesis. 14:7; 15:16; Númerosm.
21:21-30; Isaias. 24:15. Hamurabi (1728-1686), da primeira dinastia da
Babilônia, foi amorreu. (Veja G.E. Mendenhall, "Mari", BA, XI (1948),
1-19). Hetéia. Um povo não semita, residente na Ásia Menor no segundo milênio
A.C., com contatos em Canaã desde o período dos patriarcas até os dias de
Salomão (Gênesis. 23:10-20; 26:34; Isaias. 1:4; I Samuel. 26:6; I Reis 11:1).
Sobre a bestialidade hetéia, consulte G. A. Barton, Archaeology and the Bible,
págs. 423-426. Ezequiel destacou o paganismo nos antepassados de Israel. 4. O
sal tornava a pele mais seca e mais firme, ajudando a limpeza. Para te
(lemish'î), limpar (AV, tornar flexível) é uma expressão desconhecida, mas é
sugerida pelo acadiano e pelo Targum. 5. Esta menininha entretanto, foi lançada
em pleno campo. O abandono de crianças era praticado no tempo do nascimento de
Cristo (W. H. Davis, Greek Papyri of the First Century, págs. 1.7). 6. A
revolver-te. Cinco manuscritos, a LXX, a Antiga Latina e a Siríaca omitem o segundo,
"e te disse . . . vive", considerado uma ditografia.( Que a paz do
Mestre Jesus esteja sobre sua vida e família que Deus abençoe a todos)