Livro Mateus (Comentário Bíblico Moody) 58 24. A perversa
acusação de que o poder que Cristo possuía sobre os demônios derivava de uma
ligação com Belzebu (veja comentário em 10:25) era do conhecimento pleno de
Jesus e foi publicamente refutada de maneira inatacável. 25,26. A simples
analogia de um reino dividido, cidade ou casa, que tende à autodestruição,
refuta a acusação. Pois, expulsando demônios, Jesus estava certamente frustrando
as obras de Satanás, e devemos creditar a Satanás uma porção razoável de
esperteza. Quem se deve aceitar que Satanás pudesse permitir uma expulsão para
confundir, pois não foi um caso isolado.) 27. Por quem os expulsam vossos
filhos? Considerando que alguns dos companheiros desses fariseus (compare a
expressão do V.T., "filhos dos profetas") diziam possuir o poder de
exorcizar, era ilógico atribuir efeitos semelhantes à causas diferentes. Se os
judeus realizavam exorcismos válidos não importa à argumentação (ad hominem). O
fato dos fariseus asseverarem-no torna o argumento eficiente. Se, entretanto,
Jesus insinua que pelo menos alguns dos exorcismos dos fariseus eram genuínos,
é preciso aceitar que o poder deles vinha de Deus (caso contrário, o argumento
de Cristo ficada grandemente enfraquecido). 28,29. O argumento final de Cristo
chama a atenção para o seu próprio ministério, particularmente para a expulsão
dos demônios, que era evidência suficiente de que era chegado o reino de Deus.
A descrição do ministério de Cristo como a entrada na casa do valente (o
domínio de Satanás) para roubar-lhe os bens (o poder de Cristo sobre os
demônios), fornece prova clara de que o homem valente (Satanás) primeiro foi
manietado. A vitória de Jesus sobre Satanás na tentação (4:1-11) demonstrou a
superioridade do Senhor. 30. Quem não é por mim é contra mim. No conflito com
Satanás, a neutralidade é impossível. 31,32. Todo o pecado e blasfêmia serão
perdoados aos homens. O princípio geral. A expiação feita por Cristo no
Calvário seria suficiente para remir a culpa de todos os pecados, até as formas
mais graves de injúria contra Deus (blasfêmia). Um pecado, entretanto, foi
declarado imperdoável: se alguém falar contra o Espírito Santo. À vista do
princípio que Jesus apresentou antes, esta improbabilidade não pode ser devida
à impropriedade da expiação, nem podemos supor qualquer santidade peculiar da
Terceira Pessoa da Trindade. Muitos explicam este pecado como sendo a
atribuição da miraculosa obra do Espírito ao poder de Satanás (conf. Marcos.
3:29, 30), e não veem possibilidade de ser hoje cometido (Chafer, Broadus,
Gaebelein). Outros, entretanto, consideram a acusação dos fariseus um sintoma,
e não o pecado em si. Os versículos seguintes apontam o coração corrupto como a
causa do pecado. (Estudando a Bíblia livro por livro que Deus abençoe a todos)
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