Livro Marcos (William Barclay) 90 (2) O verdadeiro parentesco
consiste em um interesse comum. A. M. Chirgwin nos diz algo muito interessante
em seu livro The Bible in World Evangelism. Uma das maiores dificuldades que
enfrentam os vendedores e distribuidores das Escrituras não é tanto a venda de
seus livros quanto fazer com que as pessoas os vejam. Continua: "Durante
anos, um vendedor da China pré-comunista tinha tido o costume de ir de loja em
loja e de casa em casa. Mas se sentia desiludido porque muitos de seus
flamejantes leitores da Bíblia perdiam o entusiasmo, até que lhe ocorreu um
plano: pô-los em contato entre si e os reuniu em um grupo de adoração que com o
tempo se converteu em uma igreja organizada". Só quando aquelas unidades
isoladas chegaram a formar parte de um grupo unido por um interesse comum,
surgiu a verdadeira comunidade e o parentesco autêntico. O interesse comum os
uniu em parentesco. O cristão tem esse interesse comum porque todos os cristãos
desejam saber mais a respeito de Jesus. (3) O verdadeiro parentesco radica em
uma obediência comum. Os discípulos formavam um grupo muito díspar. Entre eles
existiam todo tipo de crenças e opiniões. Um coletor de impostos, como Mateus,
e um nacionalista fanático, como Simão Zelote, deveriam ter um ódio mortal, e
sem dúvida em algum tempo o tinham manifesto. Mas estavam unidos porque ambos
tinham aceito a Jesus Cristo como Mestre e Senhor. Qualquer pelotão de soldados
está composto por homens de diferentes meios e estratos sociais e sustentarão
opiniões muito distintas. Entretanto, se permanecerem juntos durante bastante
tempo, se converterão em um grupo de camaradas devido à obediência comum ao
exército que todos compartilham. Os homens podem tornar-se amigos quando
compartilham o mesmo Senhor. Só podem amar-se uns aos outros quando todos amam
a Jesus Cristo. (4) O verdadeiro parentesco radica em uma meta comum. Não há
nada que possa unir tanto aos homens como uma meta comum. Esta é uma lição
muito importante para a Igreja. Ao referir-se ao interesse renovado na Bíblia,
A. M. Chirgwin se pergunta se "indica a possibilidade de um novo enfoque
do problema ecumênico que se apoie sobre considerações bíblicas em vez de em imposições
eclesiásticas". As Igrejas não se unirão jamais se seguem discutindo sobre
a ordenação de seus ministros, a forma de governo da Igreja, a administração
dos sacramentos e coisas pelo estilo. A única coisa que pode uni-las é o fato
de que todas procuram ganhar homens para Jesus Cristo. Se o parentesco radicar
em um objetivo comum, os cristãos são os que possuem o segredo em maior medida
do que todos os outros homens, porque todos procuramos conhecer melhor a Cristo
e trazer outros a seu Reino. Podemos dissentir sobre qualquer outra coisa, mas
nisso estamos de acordo.(Estudando a Bíblia livro por livro que Deus abençoe a
todos)
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