13 de março de 2025

ESTUDANDO A BIBLIA LIVRO POR LIVRO

 


Livro Marcos (William Barclay)  184 FAZENDO BEM TODAS AS COISAS  Marcos 7:31-37  Este relato começa descrevendo o que, à primeira vista, é uma  viagem surpreendente. Jesus estava indo de Tiro ao território que  rodeava o Mar da Galiléia. Quer dizer, ia de Tiro, no Norte, à Galiléia,  no Sul; e segundo o relato, primeiro se dirigiu a Sidom. Quer dizer,  partiu para o Sul dirigindo-se para o Norte. Devido a esta dificuldade,  alguns pensaram que o texto está equivocado, e que Sidom não deveria  entrar nele absolutamente. Mas quase com certeza o texto é correto tal  como está. Outro grande estudioso pensa que esta viagem não teria  durado menos de oito meses, e isto, em realidade, é muito mais provável.  Bem pode ser que esta longa viagem fora a paz que antecede à tormenta;  a prolongada comunhão com os discípulos antes que deflagrasse a  tempestade final. Precisamente no capítulo seguinte, Pedro faz o grande  descobrimento de que Jesus é o Cristo (Marcos 8:27-29), e bem pode ser  que nesta longa e solitária temporada juntos, essa impressão se tornasse  uma certeza no coração de Pedro. Jesus necessitava esse longo lapso  com seus homens antes da tempestade e a tensão do fim iminente.  Quando esteve de volta nas regiões da Galiléia, Jesus entrou no  distrito de Decápolis, e ali lhe trouxeram um homem surdo e gago.  Indubitavelmente as duas coisas foram juntas; a dificuldade para ouvir  era o que fazia que o homem não pudesse falar bem. Não há um milagre  como este que mostre tão belamente a maneira como Jesus tratava as pessoas.  (1) Jesus levou o homem a sós, a parte da multidão. Mostrou assim  a mais tenra consideração. As pessoas surdas sempre se sentem um   pouco confundidas. Em certos sentidos é mais incômodo ser surdo que  ser cego. Um surdo sabe que não ouve, e quando alguém em uma  multidão lhe grita e trata de fazê-lo ouvir, em sua excitação, sente-se  mais impotente. Jesus mostra a mais tenra consideração pelos  sentimentos de um homem para quem a vida era muito difícil.  (2) Durante todo o milagre Jesus atuou sem falar. Pôs suas mãos  nas orelhas do homem. Naqueles dias se acreditava que a saliva tinha  propriedades curativas. Suetônio, o historiador romano, conta um  incidente na vida do Vespasiano, o imperador romano.   "Aconteceu que certo ínfimo plebeu totalmente cego, e outro com uma  perna má e coxa acudiram juntos a ele estando sentado em seu tribunal,  implorando a ajuda e remédio para seus males que Serapis lhes tinha  mostrado em um sonho; que lhe restauraria a um a vista, se lhe cuspia nos  olhos, e fortaleceria a perna do outro se só condescendia em tocá-la com  seu calcanhar. Agora, como ele não podia acreditar que a coisa teria algum  êxito, e portanto não queria pô-la a prova, no fim, devido à insistência de  seus amigos, ensaiou ambos os meios abertamente diante da assembléia, e  não faltou o efeito". (Suetônio, Vida do Vespasiano, 7).   Logo Jesus olhou ao céu para mostrar que a ajuda viria de Deus.  Depois pronunciou a palavra e o homem ficou são. Todo o relato mostra  que Jesus não considerou o homem meramente como um caso;  considerou-o como um indivíduo. O homem tinha uma necessidade  especial e um problema especial, e com a mais tenra consideração Jesus  o tratou em uma forma que respeitava seus sentimentos, e de uma  maneira que ele podia entender. (Estudandoa a Biblia livro por livro que Deus abençoe a todos)

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