15 de março de 2025

ESTUDANDO A BIBLIA LIVRO POR LIVRO

 Livro Marcos (William Barclay)  187 Uma das festas judaicas mais prazerosas é a do Purim. Cai em 14 de  março, e comemora a libertação que o livro de Ester apresenta. É, acima  de tudo, uma ocasião para fazer obséquios; e uma de suas regras é que,  não importa quão pobre alguém seja, deve procurar alguém mais pobre  que ele e lhe dar um obséquio. Jesus não tem tempo para o espírito que  aguarda até que todas as circunstâncias sejam perfeitas antes de pensar  em ajudar. Diz: "Se vir alguém em dificuldade, ajude com o que tem.  Você nunca sabe o que pode significar sua ação".  No pano de fundo deste relato há duas coisas interessantes.  A primeira é esta. Este incidente aconteceu na margem afastada do  Mar da Galiléia no distrito chamado Decápolis. A que se deveu essa  tremenda congregação de quatro mil pessoas? Não há dúvida de que a  cura do surdo com o impedimento para falar deve ter despertado  interesse e reunido a multidão. Mas um comentarista fez uma sugestão  mais interessante. Em Marcos 5:1-20 já lemos sobre a cura do  endemoninhado gadareno. Este incidente também teve lugar em  Decápolis. Nesse momento o resultado imediato foi que rogaram a Jesus   que fosse embora. Mas recordamos que o endemoninhado curado quis  seguir ao Jesus e este o enviou a sua parental, para que lhes dissesse que  grandes coisas o Senhor tinha feito por ele. Seria possível que parte  dessa grande multidão era devido à atividade missionária do  endemoninhado curado? Teremos aqui uma vislumbre do que pode fazer  por Cristo o testemunho de um homem? Terá havido aquele dia na  multidão pessoas que se juntaram a Cristo e acharam suas almas devido  ao relato de um homem do que Cristo tinha feito por sua alma?   João Bunyan conta que sua conversão foi devida ao fato de ter  ouvido a três ou quatro anciãs que, sentadas ao Sol, falavam "a respeito  de um novo nascimento, a obra de Deus em seus corações". Estavam  falando do que Deus tinha feito por elas. Bem pode ser que naquele dia  houvesse na multidão em Decápolis muitos que ali estavam porque  ouviram um homem falar a respeito do que Jesus fizera por ele.  A segundo coisa por trás deste relato é isto. É estranho que a  palavra que aqui se emprega para cesta é diferente da que se usa no  relato similar de Marcos 6. No Marcos 6:44, a palavra é kofinos, que  descreve a cesta em que os judeus levavam sua comida, uma cesta  estreita no pescoço e larga na parte de abaixo, parecida em sua forma a  um cântaro para água. A palavra que se usa aqui é sfuris, que descreve  uma cesta conhecida tecnicamente como cesta; foi em uma dessas cestas  em que Paulo foi descido da muralha de Damasco (Atos 9:25); e era o  tipo de cestas que os gentios usavam.   Como já dissemos, este incidente ocorreu em Decápolis, que estava  do outro lado do lago e que tinha uma grande população gentílica. É  possível que devamos ver na alimentação da multidão em Marcos 6 a  vinda do pão de Deus aos judeus, e neste incidente a vinda do pão de  Deus aos gentios? Quando reunimos estas duas histórias, vemos por trás  delas a sugestão e o prenúncio e o símbolo de que Jesus satisfez  igualmente a fome de judeus e gentios, que nele, na verdade, estava o  Deus que abre sua mão e satisfaz o desejo de todo ser humano? (Estudando a Biblia livro por livro que Deus abençoe a todos)

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