16 de março de 2025

ESTUDANDO A BIBLIA LIVRO POR LIVRO

 

Livro Marcos (William Barclay)  189 A CEGUEIRA QUE DESEJA UM SINAL  Marcos 8:11-13   Toda a tendência da época em que Jesus viveu era buscar a Deus no  anormal. Acreditava-se que quando viesse o Messias aconteceriam as  coisas mais assombrosas e desconcertantes. Antes de chegar ao final do  capítulo examinaremos mais de perto, e em detalhe, a classe de sinais  que se esperavam. Agora podemos notar que quando surgia algum falso  Messias, coisa que acontecia freqüentemente, atraía as pessoas com a  promessa de sinais assombrosos.   Prometiam, por exemplo, dividir as águas do Jordão em duas  deixando o leito em seco, ou derrubar os muros da cidade com uma  palavra. Um sinal desse tipo era o que pediam os fariseus. Queriam ver  algum acontecimento deslumbrante refulgindo no horizonte, desafiando  as leis naturais e assombrando aos homens.   Agora, para o Jesus tal exigência não se devia ao desejo de ver a  mão de Deus, e sim precisamente o fato de que não viam a mão de Deus.  Para Ele todo a terra estava cheia de sinais de Deus. O trigo no campo, a  levedura na massa, as vermelhas anêmonas nas ladeiras das montanhas,  tudo lhe falava de Deus. Não pensava que Deus tivesse que irromper, em  alguma forma surpreendente, de fora do mundo; sabia que Deus já estava  no mundo para quem tivesse olhos para ver.   O sinal do homem verdadeiramente religioso não é que ele vai à  Igreja para encontrar a Deus, mas sim encontra a Deus em todas as  partes, nem que constrói uma grande quantidade de lugares sagrados,  mas sim santifica os lugares comuns. Para o que tem olhos para ver e  coração para entender, o milagre cotidiano da noite e do dia, e o  esplendor diário de todas as coisas comuns, é suficiente sinal de Deus.   A EXPERIÊNCIA NÃO APROVEITADA  Marcos 8:14-21  Esta passagem arroja uma luz vívida sobre as mentes dos  discípulos. Estavam cruzando para o outro lado do Mar da Galiléia, e  tinham esquecido levar pão consigo. Descobriremos melhor o  significado desta passagem se a relacionarmos estreitamente com a que  antecede. Jesus estava pensando na demanda de um sinal por parte dos  fariseus, e também pensava na aterrorizada reação contrária de Herodes.  "Guardem-se", disse-lhes, literalmente traduzido, "da levedura dos  fariseus e da levedura de Herodes". Para os judeus a levedura era o  símbolo do mal. Era um pedaço de massa que se guardava para que  fermentasse, e essa massa fermentada era a levedura. A fermentação se  identificava com a putrefação, e portanto a levedura representava o mal.  Às vezes os judeus empregavam a palavra levedura em forma  semelhante ao modo como nós falamos do pecado original, ou o mal  inerente da natureza humana. O rabino Alexandre disse: "Está revelado  diante de Ti que nossa vontade é fazer sua vontade. E o que o impede? A  levedura que está na massa e a escravidão aos reinos do mundo. Que seja  sua vontade nos liberar de sua mão". Era, por assim dizer, a mancha da  natureza humana, o pecado original, a levedura corruptora o que impedia  ao homem fazer a vontade de Deus. De modo que quando Jesus disse  isto, estava dizendo: "Guardem-se da má influência dos fariseus e de  Herodes. Não vão pelo mesmo caminho pelo qual já foram os fariseus e  Herodes". (Estudando a Bibli livro por livro qu Deus abençoe a todos)

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