20 de março de 2025

ESTUDANDO A BIBLIA LIVRO POR LIVRO


 Marcos (William Barclay)  195 Se tinha vivido e andado e ensinado entre os homens, sem que  ninguém percebesse nele a Deus, então toda sua obra teria sido em vão.  Havia uma só maneira de que pudesse deixar uma mensagem aos  homens, e era escrevê-lo no coração de algum homem. Assim, pois, este  é o momento em que Jesus põe tudo à prova. Perguntou a seus discípulos  o que diziam dele as pessoas, e eles lhe informaram acerca dos rumores e  os dizeres que corriam. Então, depois de um silêncio de suspense,  formulou a pergunta que tanto significava: "E vós, quem dizem que  sou?" E repentinamente, Pedro compreendeu o que tinha sabido sempre  no íntimo de seu coração. Este era o Messias, o Cristo, o Ungido, o Filho  de Deus. E essa resposta deu a Jesus a certeza de não ter fracassado.  Mas agora chegamos a uma pergunta que já foi exposta e  respondida pela metade mais de uma vez, mas que agora tem que ser  respondida em detalhe ou não se poderia entender cabalmente a história  do evangelho. Logo que Pedro fez esta declaração, Jesus lhe disse que  nessa etapa não devia falar com ninguém disso. Por que? Porque,  primeiro e acima de tudo, Jesus tinha que ensinar a Pedro e aos outros o  que realmente significava ser o Messias. Agora, para entender a tarefa  que Jesus tinha nas mãos e entender o verdadeiro significado dessa  necessidade, temos que inteirar-nos de quais eram as idéias messiânicas  dos dias de Jesus.  IDÉIAS JUDAICAS SOBRE O MESSIAS  Ao longo de toda sua existência, os judeus nunca esqueceram que  eles eram, em um sentido muito especial, o povo escolhido de Deus.  Devido a isso, aspiravam muito naturalmente a um lugar especial no  mundo. Nos primeiros tempos aspiravam alcançar essa posição pelo que  poderíamos chamar meios naturais. Sempre consideraram como a época  maior em sua história a de Davi, e sonhavam com um dia em que se  levantaria outro rei da estirpe de Davi, um rei que os faria grandes em  justiça e em poder (Isaías 9:7; 11:1; Jeremias 22:4; 23:5; 30:9). Mas à   medida que passava o tempo se fazia infelizmente evidente que essa  sonhada grandeza nunca se obteria por meios naturais. As dez tribos  foram levadas a Assíria e se perderam para sempre. Os babilônios  conquistaram e arrasaram a Jerusalém e levaram cativos os judeus.  Logo vieram a ser seus amos os persas; depois os gregos e  finalmente os romanos. Longe de alcançar domínio algum, durante  séculos os judeus não souberam o que era ser completamente livres e  independentes. De modo que surgiu outra linha de pensamento. É  verdade que nunca se desvaneceu completamente a idéia de um grande  rei da estirpe de Davi, que esteve sempre entrelaçada de algum modo  com seus pensamentos; mas começaram a sonhar mais e mais com um  dia em que Deus interviria na história e obteria por meios sobrenaturais o  que nunca poderia obter-se por meios naturais. O poder divino faria o  que o poder humano era impotente para fazer. (Estudando a Biblia livro por livro que Deus abençoe a todos)

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