30 de abril de 2023

ESTUDANDO A BÍBLIA LIVRO POR LIVRO

 

Livro Ezequiel (Comentário Bíblico Moody) 19  Da sua visão, Ezequiel ficou sabendo que Deus não se limitava à Palestina, mas estava presente na Babilônia entre os exilados, descendo à terra sobre querubins e tempestade (Salmos. 18:10; 104:3). O carro podia movimentar-se rapidamente em todas as direções, simbolizado pelo número quatro. As figuras olhando para as quatro direções (vs. 9, 10, 17) dão a ideia que todas as partes do universo estão abertas aos olhos divinos. As asas ligavam a visão ao céu e as rodas à terra. Assim nenhum lugarzinho fica inacessível à presença e energia divinas. A onipresença de Deus fica desse modo transmitida de maneira poderosa. A figura assentada sobre o trono fala da onipotência e governo soberano de Deus (v. 26). A soberania de Deus está manifesta sobre a criação inanimada vento, nuvens, fogo, trovão (vs. 4, 24) e criação animada – os quatro seres viventes (vs. 5, 10). A forma humana generalizada e as diversas faces das criaturas viventes expressam a dignidade conferida por Deus às diversas porções de Sua criação, um reflexo de Sua majestade: homem, inteligência; águia, rapidez; boi, força; leão, majestade. Os rabis explicam o simbolismo assim: "O homem foi exaltado entre todas as criaturas; a águia, entre as aves; o boi, entre os animais domésticos; o leão, entre ai feras; e todos eles receberam o domínio e a grandeza, mas ainda assim estão sob o carro do Santo". (Misdrash Rabbah Shemoth, § 23, coment. sobre o Êxodo. 15:1). o ruído das asas dos querubins (v. 24) é o testemunho de toda a criação para com Deus (Salmos. 19:1), enquanto os corpos velados (vs. 8, 11) representam a incapacidade de todas as criaturas de permanecerem na presença de Deus santo (cons. Is. 6:2). Os Pais da Igreja empregavam os quatro rostos como emblema dos Evangelistas. Irineu, Jerônimo, Atanásio e Agostinho variavam no seu uso, o de Jerônimo, de maior aceitação, tem a seguinte ordem: o homem, Mateus; o leão, Marcos; o boi, Lucas; a águia, João. Embora as divindades babilônicas, Marduque, Nebo, Nergal e Ninib fossem indicadas pelo boi, homem, leão e águia respectivamente (Jeremias), Ezequiel deve ter extraído o seu simbolismo mais provavelmente das figuras do templo de Salomão (I Reis 6:23-35; 7:27-37 ) e do propiciatório em cima da arca do Tabernáculo (Êxodo. 25:10-22). Os olhos nas rodas sugerem inteligência onisciente (v. 18), enquanto que o espírito nas asas e rodas (vs. 20, 21) descreve a operação penetrante do Espírito de Deus vista na unidade e harmonia de suas obras. A pureza e santidade divinas estão indicadas pelo fogo (v. 27), enquanto que o arco-íris à volta do trono ilustra a beleza sublime, e talvez também a ideia do perdão e da misericórdia (v. 28). Esta glória foi vista por Ezequiel em Quebar (1:4-28), deu-lhe uma mensagem em Tel-Abibe (3:12 e segs., 22 e segs.), transportou-o de sua casa no exílio até a entrada da porta do pátio interno do Templo em Jerusalém (8:4, 5), afastou-se dos querubins no Templo até a soleira do mesmo (9:3; 10:4), elevou-se da soleira da porta leste do pátio externo do Templo (10:15, 16, 18, 19), passou do meio da cidade ao Monte das Oliveiras no lado leste da cidade (11:22, 23), mas retornou para encher o novo Templo e purificar o povo (43:2-7; 44:4).( Que a paz do Mestre Jesus esteja sobre sua vida e família que Deus abençoe a todos)

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