Livro Mateus (Comentário Bíblico Moody) 144 G. Acontecimentos nos Tribunais Romanos.
27:11-31. Mateus seleciona certos aspectos do julgamento, mas para se obter uma
sequência deve-se consultar as narrativas paralelas. Entretanto, só Mateus
registra os interessantes detalhes de 27:19, 24. 11. Estava em pé ante o
governador. Reatamento da narrativa interrompida em 27:2. És tu o Rei dos
judeus? Uma pergunta provocada pelas acusações formais apresentadas a Pilatos
pelos judeus (Lucas. 23:2; João. 18:28-33). Tu o dizes. À resposta, que
certamente indicava concordância, Jesus acrescentou uma explicação sobre a
natureza do seu reino. (João. 18:34-38). Esta entrevista aconteceu dentro do
Pretório, enquanto os judeus ficaram do lado de fora. 12-14. Aos vociferantes
judeus, entretanto, que o acusavam quando reapareceu diante deles, nada
respondeu. Mas esse silêncio não foi reconhecido por Pilatos como admissão de
culpa, achando seu comportamento fora do comum e provocando o seu empenho em
soltar Jesus sem antagonizar o Sinédrio. 15. Costumava o governador soltar ao
povo um preso. Não se sabe a origem desse costume, se é romano ou judeu. 16. Um
preso muito conhecido, chamado Barrabás. Alguém que era culpado de insurreição,
assaltos e homicídio (João. 18:40; Marcos. 15:7). Broadus sugere que,
considerando que os dois crucificados com Jesus eram salteadores, podem ter
sido seguidores de Barrabás, e assim Jesus tomou literalmente o lugar de
Barrabás (Comm. on Matt. págs. 562, 563). A exegese que brinca com a etimologia
do nome Barrabás ("filho de um pai"), ou que adota a tradução
muitíssimo inferior de "Jesus Barrabás" para fazer alegoria, ou com
propósitos homiléticos, não tem justificativa. 18. Por inveja. O caráter
ridículo das acusações era evidente a Pilatos, e as atitudes apaixonadas dos
acusadores indicava que ressentimentos pessoais estavam envolvidos. Era óbvio
que um mestre tão espiritual (João. 18:36, 37) recebesse a oposição desses
religionistas materialistas e inescrupulosos. 19. Estando ele no tribunal.
Enquanto Pilatos esperava que os judeus respondessem as perguntas referentes a
Barrabás, sua mulher enviou-lhe uma mensagem que interrompeu o processo. O
presságio do sonho mencionado na mensagem perturbou Pilatos e fê-lo atrasar o
julgamento. Não sabemos se o sonho foi enviado diretamente por Deus, ou se deve
ser explicado psicologicamente como a operação de uma mente perturbada por
causa da conspiração contra Jesus. (Pilatos devia conhecer a conspiração, pois
ele deu permissão a um quiliarca e aos soldados romanos que participassem dela,
e sua esposa deve ter sido informada por ele; João. 18: 12.) O apócrifo
Evangelho de Nicodemos cita os judeus respondendo: "Não lhe dissemos que
ele é um feiticeiro? Eis que fez a sua esposa sonhar" (2:3). 20, 21.
Durante esse intervalo os principais sacerdotes e os anciãos influenciaram o
povo que exigisse a soltura de Barrabás em vez de Jesus. O grau de depravação
moral e espiritual evidenciado com tal escolha é quase incrível. (Estudando a Bíblia
livro por livro que Deus abençoe a todos)
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