Livro Marcos (William Barclay) 228 Uma missionária conta uma bela história. Estava falando a uma classe primária de meninos africanos a respeito de dar um copo de água fria em nome de Jesus. Agora, sentada no pórtico de sua casa, viu aparecer na praça da aldeia uma companhia de portadores nativos levando grandes fardos. Estavam cansados e sedentos e se sentaram a descansar. Agora, eram homens de outra tribo, e se tivessem pedida água aos habitantes comuns não cristãos, teriam dito que eles mesmos a buscassem, devido às barreiras entre as tribos. Mas enquanto os homens estavam sentados ali, cansados, a missionária viu que da escola saía uma pequena fila de garotinhas africanas, levando cada una um jarro de água na cabeça. Tímidas e temerosas se aproximaram dos fatigados portadores, ajoelharam-se e lhes ofereceram seus jarros de água. Surpreendidos, os homens tomaram, beberam e devolveram os jarros, e então, repentinamente, as garotinhas africanas correram para a missionária. "Demos-lhe de beber a um sedento em nome de Jesus", disseram. As meninas tinham tomado ao pé da letra a história e o dever. Prouvesse a Deus que houvesse mais pessoas que assim o fizessem! O que se precisam são singelos atos de bondade. Como disse Maomé: "Pôr um homem extraviado no caminho real, dar a um sedento um copo de água, sorrir a seu irmão: isso também é caridade". (2) Mas também é certo o inverso. Se ajudar é ganhar a recompensa eterna, fazer tropeçar a um irmão mais fraco é ganhar o castigo eterno. A passagem é deliberadamente severa. A pedra de moinho que se menciona era uma pedra grande. Na Palestina havia duas classes de moinhos. Havia o moinho de mão, que as mulheres usavam em casa. E havia o moinho cuja pedra era tão grande que era necessário um asno para movê-la. Esta pedra era literalmente uma "pedra de moinho de asno", ser arrojado ao mar com uma dessas pedras ao pescoço era certamente não ter esperança alguma de retornar. Era, de fato, um castigo e um meio de execução em Roma e na Palestina. Josefo nos fala de certos galileus que tiveram êxito em uma revolta e "tomaram os do partido de Herodes e os afogaram no lago". Suetônio, o historiador romano, diz de Augusto que "devido a que o tutor e os assistentes de seu filho Gayo, aproveitando da enfermidade de seu amo, cometeram atos de arrogância e voracidade em sua província, fê-los jogar no rio com grandes pesos ao redor de seus pescoços". A própria pessoa pecar é algo terrível, mas ensinar outro a pecar é imensamente pior. (Estudando a Bíblia livro por livro que Deus abençoe a todos)
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