2 de abril de 2025

ESTUDANDO A BIBLIA LIVRO POR LIVRO

 Livro Marcos (William Barclay)  213 Primeiro, Jesus começou com um mandamento. Não deviam dizer a  ninguém o que tinham visto. Sabia muito bem que suas mentes estavam  ainda dominadas pelo conceito de um Messias poderoso e forte. Se  contavam o que tinha acontecido no topo da montanha, como tinham  aparecido Moisés e Elias, como isto tivesse ressonado na expectativa  popular! Isso teria feito parecer como a irrupção do poder vingador de  Deus sobre as nações do mundo! Os discípulos tinham que aprender  ainda o que significava o Messias. E só uma coisa podia lhes ensinar o  que significava: a cruz e a ressurreição que a seguiria. Quando a cruz  lhes tivesse ensinado o que significava o messianismo, e quando a  ressurreição os tivesse convencido de que Jesus era o Messias, então, e  só então, poderiam falar da gloriosa experiência do monte, porque então,  e somente então, vereiam-na como se devia vê-la: como o prelúdio, não  de um desatar da força de Deus, e sim da crucificação do amor de Deus.  Suas mentes seguiam trabalhando. Não podiam entender o que  significavam as palavras de Jesus sobre a ressurreição. Toda sua atitude  mostra que em realidade nunca as entenderam. Toda sua atitude quando  chegou a cruz foi a atitude de homens para quem tinha chegado o fim.  Não devemos culpar os discípulos. Simplesmente tinham sido educados  em uma idéia tão completamente diferente do Messias que literalmente  não podiam captar o que Jesus lhe tinha dito.  Então perguntaram algo que os deixou intrigados. Os judeus  acreditavam que antes que viesse o Messias viria Elias para ser seu  precursor e introdutor (Malaquias 3:5-6).   Segundo uma tradição rabínica, Elias viria três dias antes que o  Messias. O primeiro dia se deteria sobre os montes de Israel, lamentando  a desolação da Terra. E logo, com uma voz que se ouviria de um ao  outro extremo da Terra, gritaria: "A paz vem ao mundo; a paz vem ao  mundo:" Ao segundo dia gritaria: "Deus vem ao mundo, Deus vem ao  mundo." E ao terceiro dia gritaria: "Jeshua (a salvação) vem ao mundo,  Jeshua vem ao mundo." Ele restauraria todas as coisas. Repararia as  brechas familiares dos maus dias. Resolveria todos os pontos duvidosos   de ritual e cerimonial. Purificaria a nação de Israel trazendo de volta os  que tinham sido excluídos erroneamente e expulsaria os que tinham sido  incluídos erroneamente. Elias tinha um lugar surpreendente no  pensamento de Israel. Era concebido como um ser continuamente ativo  no céu e na Terra a favor deles, e como o arauto da consumação final.  (Estudando a Bíblia livro por livro que Deus abençoe a todos)

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