4 de abril de 2025

ESTUDANDO A BIBLIA LIVRO POR LIVRO

 

Marcos (William Barclay)  216 A. Victor Murray, em seu livro sobre educação cristã, escreve:   “Há alguns a cujos olhos vem um olhar longínquo quando falam da  Igreja. É uma sociedade sobrenatural, o corpo de Cristo, sua esposa  imaculada, a custódia dos oráculos de Deus, a bem-aventurada companhia  dos redimidos, e uns quantos títulos românticos mais, nenhum dos quais  parece corresponder ao que os de fora podem ver por si mesmos na ‘Igreja  Paroquial da Santa Águeda’ ou nos ‘Metodistas da Rua Principal’.”   Não importa quão ressonantes sejam as profissões de fé de um  indivíduo, as pessoas o julgarão por suas ações, e, ao julgá-lo, julgará a  seu Mestre. Nesta situação particular os escribas acharam uma   oportunidade enviada pelo céu para menosprezar não só aos discípulos,  mas também ao próprio Jesus.  E Jesus chegou. Quando as pessoas o viram se assombraram. Não  temos que pensar por um momento que subsistisse ainda sobre Ele o  resplendor da Transfiguração. Isso teria desbaratado suas instruções de  que o fato se guardasse em segredo. A multidão o cria longe, nas  solitárias ladeiras do Hermom. Tinham estado tão empenhados em sua  discussão, que não o tinham visto chegar, e agora, justo no momento  mais oportuno, ali estava em meio deles. Foi sua repentina e inesperada  chegada, justo no momento preciso, o que os surpreendeu. Aqui  aprendemos duas coisas a respeito de Jesus.  (1) Que Ele estava disposto a enfrentar a cruz, e estava logo para  enfrentar o problema comum, segundo vierem. É característico da  natureza humana que possamos enfrentar os grandes momentos críticos  da vida com honra e dignidade, mas permitimos que as exigências  rotineiras de cada dia nos irritem e distraiam e chateiem. Podemos  enfrentar os golpes devastadores da vida com certo heroísmo, mas  permitimos que as pequenas espetadas de alfinete nos perturbem e  instiguem. Muitos podem enfrentar uma grande perda ou uma grande  calamidade com tranquila serenidade e, entretanto, zangam-se se uma  comida está mal cozida ou se um trem chegar com atraso. O notável de  Jesus era que podia enfrentar serenamente a cruz, e ao mesmo tempo,  com igual tranquilidade, tratar as emergências cotidianas da vida. A  razão era que Ele não reservava a Deus para as crises, como fazemos  tantos de nós. Ele transitava com Deus os atalhos diários da vida.  (2) Que Ele tinha vindo ao mundo para salvá-lo, e entretanto, podia  entregar-se por inteiro a ajudar a uma só pessoa. É muito mais fácil  pregar o evangelho do amor à humanidade que amar a um pecador  determinado, individualmente. É fácil estar cheio de um afeto  sentimental pelo gênero humano, e igualmente fácil achar muito molesto  o ter que nos apartar do caminho para ajudar a um membro do gênero   humano. Jesus tinha o dom, que é o dom de uma natureza superior, de  dar-se inteiramente a cada pessoa com quem se encontrasse.(Estudando a Bíblia livro por livro que Deus abençoe a todos) 

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