3 de abril de 2025

ESTUDANDO A BIBLIA LIVRO POR LIVRO


 Livro Marcos (William Barclay)  214 Sem dúvida, os discípulos se perguntavam: "Se Jesus for o Messias,  o que aconteceu com Elias?" A resposta de Jesus foi em termos que  qualquer judeu entenderia. "Elias", disse, "veio e os homens o trataram  como quiseram, apoderaram-se dele e lhe aplicaram arbitrariamente sua  vontade em lugar da vontade de Deus." Jesus se estava referindo ao  encarceramento e a morte do João Batista às mãos do Herodes. E logo,  por implicação, conduziu-os àquele pensamento que eles não queriam  enfrentar e que Ele estava decidido a lhes fazer enfrentar. Por implicação  lhes perguntou: "Se estas coisas fizeram com o precursor,  que não farão  com o Messias?" Jesus estava transtornando todas as noções e ideias  preconcebidas de seus discípulos. Eles aguardavam a emergência de  Elias, a vinda do Messias, a corrupção de Deus no tempo e a contundente  vitória do céu, que eles identificavam com o triunfo de Israel.   Estava buscando fazê-los ver que em realidade o arauto tinha sido  morto cruelmente e o Messias devia terminar em uma cruz. Mas eles  seguiam sem entender, e sua falta de compreensão se devia à causa que  sempre faz que os homens não entendam: aferravam-se à sua maneira de  pensar e se negavam a ver as coisas como Deus as via. Queriam que as  coisas fossem como eles as desejavam e não como Deus as tinha  ordenado. O engano dos pensamentos humanos os tinha cegado à  revelação da verdade de Deus.  A DESCIDA DO MONTE  Marcos 9:14-18   Este tipo de coisas era precisamente a que Pedro queria evitar. Na  cúpula do monte, em presença da glória, havia dito: "Este lugar está bem   para nós." E tinha querido levantar ali três cabanas, para Jesus, Moisés e  Elias, e permanecer ali. A vida era muito melhor, muito mais perto de  Deus, ali na cúpula. Por que descer? Mas é da própria essência da vida  que devemos descer do topo do monte. Tem-se dito que na religião está  bem a solidão, mas não o isolamento. A solidão é necessária, porque é  necessário manter contato com Deus, mas se alguém, em sua busca da  solidão essencial, separa-se de seus semelhantes, se fechar seus ouvidos  ao pedido de ajuda dos homens, se fechar seu coração ao clamor das  lágrimas das pessoas, então isso não é religião. A solidão não tem por  objeto nos converter em solitários. Só nos fazer mais capazes de  enfrentar as exigências da vida diária.  Jesus desceu para achar-se com uma situação muito delicada. Um  pai tinha levado aos discípulos seu filho, que segundo todos os sintomas  era epilético. Os discípulos tinham sido totalmente incapazes de fazer  algo com esse caso, e isso tinha sido aproveitado pelos escribas, os  expertos na Lei. A incapacidade dos discípulos era uma ocasião de  primeira ordem para menosprezá-los, não só a eles, mas também a seu  Mestre. Isso era o que fazia tão delicada a situação, e é também o que faz  tão delicada para o cristão toda situação humana. Sua conduta, suas  palavras, seu comportamento, sua capacidade ou incapacidade para  enfrentar as demandas da vida, empregam-se como vara não só para  medi-lo, mas também para julgar a Jesus Cristo. (Estudando a Biblia livro por livro que Deus abençoe a todos) 

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  Livro Marcos (William Barclay)  221 Mesmo assim os discípulos não entenderam. O que não entendiam  era a alusão a que voltaria a viver. A ...