Livro Marcos (William Barclay) 214 Sem dúvida, os discípulos se perguntavam: "Se Jesus for o Messias, o que aconteceu com Elias?" A resposta de Jesus foi em termos que qualquer judeu entenderia. "Elias", disse, "veio e os homens o trataram como quiseram, apoderaram-se dele e lhe aplicaram arbitrariamente sua vontade em lugar da vontade de Deus." Jesus se estava referindo ao encarceramento e a morte do João Batista às mãos do Herodes. E logo, por implicação, conduziu-os àquele pensamento que eles não queriam enfrentar e que Ele estava decidido a lhes fazer enfrentar. Por implicação lhes perguntou: "Se estas coisas fizeram com o precursor, que não farão com o Messias?" Jesus estava transtornando todas as noções e ideias preconcebidas de seus discípulos. Eles aguardavam a emergência de Elias, a vinda do Messias, a corrupção de Deus no tempo e a contundente vitória do céu, que eles identificavam com o triunfo de Israel. Estava buscando fazê-los ver que em realidade o arauto tinha sido morto cruelmente e o Messias devia terminar em uma cruz. Mas eles seguiam sem entender, e sua falta de compreensão se devia à causa que sempre faz que os homens não entendam: aferravam-se à sua maneira de pensar e se negavam a ver as coisas como Deus as via. Queriam que as coisas fossem como eles as desejavam e não como Deus as tinha ordenado. O engano dos pensamentos humanos os tinha cegado à revelação da verdade de Deus. A DESCIDA DO MONTE Marcos 9:14-18 Este tipo de coisas era precisamente a que Pedro queria evitar. Na cúpula do monte, em presença da glória, havia dito: "Este lugar está bem para nós." E tinha querido levantar ali três cabanas, para Jesus, Moisés e Elias, e permanecer ali. A vida era muito melhor, muito mais perto de Deus, ali na cúpula. Por que descer? Mas é da própria essência da vida que devemos descer do topo do monte. Tem-se dito que na religião está bem a solidão, mas não o isolamento. A solidão é necessária, porque é necessário manter contato com Deus, mas se alguém, em sua busca da solidão essencial, separa-se de seus semelhantes, se fechar seus ouvidos ao pedido de ajuda dos homens, se fechar seu coração ao clamor das lágrimas das pessoas, então isso não é religião. A solidão não tem por objeto nos converter em solitários. Só nos fazer mais capazes de enfrentar as exigências da vida diária. Jesus desceu para achar-se com uma situação muito delicada. Um pai tinha levado aos discípulos seu filho, que segundo todos os sintomas era epilético. Os discípulos tinham sido totalmente incapazes de fazer algo com esse caso, e isso tinha sido aproveitado pelos escribas, os expertos na Lei. A incapacidade dos discípulos era uma ocasião de primeira ordem para menosprezá-los, não só a eles, mas também a seu Mestre. Isso era o que fazia tão delicada a situação, e é também o que faz tão delicada para o cristão toda situação humana. Sua conduta, suas palavras, seu comportamento, sua capacidade ou incapacidade para enfrentar as demandas da vida, empregam-se como vara não só para medi-lo, mas também para julgar a Jesus Cristo. (Estudando a Biblia livro por livro que Deus abençoe a todos)
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