Livro Marcos (William Barclay) 53 Os psicólogos contam o caso de uma moça que
tocava o piano nos cinemas, na época dos filmes muda. Normalmente se sentia
bem, mas bastava com que se obscurecesse a sala e a fumaça dos cigarros
enchesse o ambiente para que começasse a paralisar-se. Durante muito tempo
lutou contra essa sensação, mas com muito pouco êxito. Por último a paralisia
se fez permanente e foi necessário fazer algo. O exame médico não revelou causa
física alguma que pudesse originá-la. Sob hipnose descobriu-se que quando a
paciente tinha apenas umas poucas semanas, era deitada num desses berços muito
complicados, que tinham em cima um arco de encaixe. Uma vez sua mãe se inclinou
sobre ela, fumando um cigarro. A madeira pegou fogo. Não houve problema em
apagar o fogo imediatamente, e a menina não sofreu nenhum machucado nesse
momento. Mas ela não sabia que seu subconsciente recordava ainda o terror
daquele momento; entretanto era assim, e a escuridão da sala, somada ao cheiro
da fumaça de cigarro atuava sobre sua mente subconsciente e lhe paralisava o
corpo, e ela não sabia por que. É possível que o homem desta história estivesse
paralítico porque sua mente, consciente ou inconscientemente, sábia que era um
pecador, e o pensamento de ser pecador produzia a enfermidade que acreditava,
era consequência inevitável do pecado. A primeira coisa que Jesus fez com ele,
pois, foi dizer: "Filho, Deus não está zangado com você. Está tudo
bem." Foi como falar com um menino assustado na escuridão. O terror de
Deus e do afastamento de Deus desapareceu de seu coração, e esse único ato foi
suficiente para curá-lo por completo. A história é bela, porque primeira coisa
que Jesus faz com cada um de nós foi dizer nos: "Filho, Deus não está
zangado com você. Volte ao lar, e não tenha medo." O ARGUMENTO IRREFUTÁVEL
Marcos 2: 6-12 Jesus, como vimos, já tinha atraído a multidão. Por isso também
tinha conseguido atrair sobre si a atenção dos dirigentes oficiais do povo
judeu. O Sinédrio era a Corte Suprema dos judeus. Uma de suas funções era ser
guardião estrito da ortodoxia. Por exemplo, um dos deveres do Sinédrio era
encarregar-se dos falsos profetas. Parece que o Sinédrio tinha enviado uma
espécie de comissão investigadora para ver quem era esse Jesus. Estes homens
estavam no Cafarnaum. Sem dúvida tinham conseguido um lugar destacado, à frente
da multidão e estavam sentados ali, perto de Jesus, observando criticamente
tudo o que acontecia. (Estudando a Bíblia livro por livro que Deus abençoe a
todos)