Livro Mateus (Comentário Bíblico Moody) 127 Muito bem, servo bom e fiel. A fidelidade é a
virtude que está sendo examinada. Sobre muito te colocarei. Parte da recompensa
consistia em obter responsabilidade mais alta e privilégios diante do senhor.
Entra no gozo do teu senhor. Provavelmente uma referência da participação que o
crente tem do gozo de Cristo, o qual é Dele por direito por causa de Sua
perfeita execução da vontade do Pai (João. 15:10, 11). 24, 25. O servo inútil,
entretanto, revela pela explicação que dá, uma opinião completamente falsa que
tem do seu senhor. Homem severo. Severo, cruel, sem misericórdia. Ceifas onde
não semeaste, isto é, tiras proveito do trabalho dos outros. Ajuntas onde não
espalhaste. Não está muito claro se esta cláusula é paralela ao pensamento da
precedente, ou se descreve o próximo estágio da colheita, isto é, o
joeiramento. Se este é o caso, então o servo acusa o seu senhor de ajuntar em
seu celeiro aquilo que o trabalho de outro espalhou com a pá de joeirar que
separa o grão da palha. Receoso. Ele se justifica falando do seu medo de
arriscar e da necessidade de contabilizar possíveis perdas. Este servo estava
cego ao fato de que o seu senhor era um homem generoso e dedicado, que desejava
fazê-lo participar de alegrias maravilhosas. 26. Sabias. Talvez esta parte
pudesse ser considerada uma pergunta, "Tu não sabes. . .?" Sem tomar
conhecimento da veracidade dessa opinião, o senhor julga o escravo com base na
sua justificativa para lhe mostrar a baixeza de tal atitude. 27. Se o servo
realmente temia o risco de se aventurar nos negócios, então ele devia ter
depositado o talento com os banqueiros para que rendesse juros. Embora os
israelitas estivessem proibidos de cobrar juros uns dos outros, podiam fazê-lo
dos gentios (Deuteronômio. 23:20). 28, 29. Portanto o talento foi tirado desse
servo preguiçoso e rebelde e foi dado àquele que era mais capaz de usá-lo com
proveito. 30. O servo inútil. Lançai-o para fora, nas trevas. O choro e tanger
de dentes mostra claramente que isto simboliza o castigo eterno (8:12; 13:42,
50; 22:13; 24:51). Aí está o ponto alto da interpretação. Se esse ajustar de
contas é o julgamento das obras do crente, então temos ao que parece um
verdadeiro crente sofrendo a perda de sua alma por causa da esterilidade de
suas obras. Mas essa interpretação viria contradizer a João. 5:24. Ou, se o
servo inútil representa um simples cristão professo, cuja verdadeira natureza
foi assim desmascarada, então parece que o julgamento das obras dos crentes e a
maldição dos pecadores ocorrerá junto, ainda que Apocalipse. 20 separe estes
julgamentos com um intervalo de 1.000 anos. A melhor solução é aquela que
aplica a parábola aos santos da Tribulação (quer judeus quer gentios) por causa
da clara associação com os versículos precedentes. Esta explicação concorda com
outras passagens que por ocasião da volta de Cristo, os crentes remanescentes
serão ajuntados para desfrutarem das bênçãos do Milênio, mas aqueles que
estando vivos não crerem verdadeiramente no seu Messias serão removidos (Ezequiel.
20:37-42). É claro que, para os homens de todas as dispensações, vale o
princípio de que Deus os tem por responsáveis pelo uso que fizerem dos seus dons.
(Estudando a Bíblia livro por livro que Deus abençoe a todos)
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