25 de outubro de 2024

ESTUDANDO A BIBLIA LIVRO POR LIVRO

 


Livro Mateus (Comentário Bíblico Moody) 133 B. A Refeição Final. 26:17-30. Provavelmente nenhum problema de harmonia dos Evangelhos tem sido tão desconcertante quanto este. Esta refeição final foi na Páscoa dos Judeus? Os sinóticos dão a entender que foi. João, entretanto, dá a entender com muita clareza que a Páscoa ainda estava no futuro por ocasião do lava-pés (João. 13:1), refeição (13:29), julgamento (18:28) e crucificação (19:14, 31). Alguns mestres estão prontos a admitir um conflito irreconciliável. Outros insistem que uma das narrativas deve estar errada. Também já se argumentou que Jesus comeu uma Páscoa antecipada um dia antes do costume legal. Reforços a esta opinião recentemente vieram à luz no Qumran, onde se descobriu que a seita Qumran sempre observou a Páscoa na terça-feira. Assim, dá a impressão de que Jesus comeu a Páscoa na terça-feira (como está implícito nos sinóticos), enquanto os judeus ortodoxos observavam a Páscoa na sextafeira. (Veja J. A. Walther, "Chronology of Passion Week", JBL, June, 1958, pág. 116 e segs.) Contra essa opinião levanta-se a grande improbabilidade que um tão notável desvio do judaísmo ortodoxo pudesse passar despercebido nos Evangelhos, ou que a ceia da Páscoa pudesse ser devidamente observada em Jerusalém antes da ocasião tradicional (por exemplo, os cordeiros tinham de ser mortos no Templo um pouco antes da ceia da Páscoa; conf. I Coríntios. 5:7). Uma proposição mais digna de crédito explica João e os sinóticos, um à luz do outro. As duas possibilidades foram experimentadas, embora se admita dificuldades com ambos os métodos. O autor prefere explicar os sinóticos pelo explícito testemunho de João, o qual talvez tivesse parcialmente a intenção de esclarecer pontos ambíguos na cronologia. De acordo com este ponto de vista a última ceia não foi de maneira nenhuma a refeição da Páscoa; antes, Jesus morreu exatamente na hora em que os cordeiros da Páscoa estavam sendo mortos no Templo (conf. I Coríntios. 5:7). Não obstante, Jesus deu a seus discípulos orientação no sentido de preparar a festa, por dois motivos: 1) os discípulos a comeriam; 2) Jesus não quis na ocasião predizer o momento exato de sua morte. 17-19. Preparativos para a Páscoa. 17. No primeiro dia dos pães asmos. Quatorze de Nisã, no qual o fermento era retirado de dentro das casas em preparação para as festas da Páscoa e dos Pães Asmos (conf. Marcos. 14:12; Lucas. 22:7). Esse dia começava ao pôr-do-sol do décimo terceiro dia e foi às primeiras horas desse dia que se fez referência. 18,19. Em resposta à pergunta dos discípulos, Jesus enviou-os a falar com um homem em cuja casa o grupo se reuniria. Celebrarei a páscoa. A esta declaração de propósito geral deve-se acrescentar as palavras de Lucas. 22:16, "não a comerei", na qual ele indica posteriormente que o plano geral será interrompido. Talvez não quisesse que Judas soubesse dos seus planos tão especificamente com tanta antecedência. 20-30. A Última Ceia. 20. Chegada a tarde. Mais tarde naquela mesma tarde (primeiras horas do décimo-quarto dia), Jesus juntou-se aos discípulos na hora do jantar (Lucas. 22:14). 21. Um dentre vós me trairá. Primeiro aviso de que o "entregar" do Filho do homem: (17:22; 20:18; 26:2) seria através de um dos Doze. Que choque essa declaração deve ter causado! (Estudando a Bíblia livro por livro que Deus abençoe a todos)

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