Livro Marcos (William Barclay) 135 Há muito boas razões pelas
que Jesus compeliu aquele homem a voltar para os seus. (1) Seria, entre eles,
uma testemunha de Jesus Cristo. Seria uma demonstração viva, indisputável, do
que Cristo pode fazer a um homem. Nossa glória nunca deve ser o que nós podemos
fazer por Cristo, e sim o que Cristo pode fazer por nós. A prova irrefutável da
validez do cristianismo é um homem novo. (2) Este homem era a primeira semente
do que com o tempo chegaria a ser uma tremenda colheita. O primeiro contato com
a civilização grega se estabeleceu em Decápolis. Tudo deve começar em algum
lugar; e a grande glória do cristianismo que posteriormente floresceria no contato
com o gênio e a mentalidade gregos, começou com um homem que tinha vivido
possuído pelos demônios e a quem Cristo curou de seu mal. Cristo sempre começa
com alguém. Em nossa sociedade, em nosso círculo... por que não poderia começar
conosco? NA HORA DA NECESSIDADE Marcos 5:21-24 Aparecem aqui todos os elementos
da tragédia. A enfermidade de um menino sempre é algo trágico. O relato nos diz
que a filha de Jairo tinha doze anos. Aos doze anos e um dia, segundo o
costume, uma menina judia se convertia em mulher. Esta menina estava
precisamente no umbral dessa experiência, e quando a morte se produz em tais
circunstâncias é duplamente trágica. O relato nos diz algo sobre este homem:
que era o Principal da sinagoga. Deve ter sido uma pessoa de importância
bastante considerável. O Principal da sinagoga era o chefe administrativo da
mesma. Presidia a junta de anciões que era responsável pelo bom funcionamento
da sinagoga. Tinha a responsabilidade da direção dos serviços. Em geral, ele mesmo
não tomava parte neles, mas era responsável pela atribuição de obrigações, e de
cuidar que fossem levados a cabo com toda correção, e em ordem. O Principal da
sinagoga era um dos homens mais importantes e mais respeitados da comunidade.
Mas quando sua filha adoeceu e quando pensou em Jesus, algo lhe aconteceu. (1)
Esqueceu os seus preconceitos. É indubitável que tem que ter considerado a
Jesus como um estranho, como um herege perigoso, como alguém para quem estavam
fechadas as portas da sinagoga, e a quem qualquer que apreciasse sua ortodoxia
faria bem em evitar. Mas ele era um homem suficientemente grande para abandonar
seus preconceitos na hora da necessidade. Preconceito significa realmente
julgar de antemão. É julgar antes de ter examinado a evidência, ou dar um
veredicto negando-se a examinar a evidência. Poucas coisas foram mais
prejudiciais que os preconceitos. Quase todos os intentos de progresso tiveram
que lutar contra os preconceitos iniciais contrários. Quando Sir James Simpson
descobriu o uso do clorofórmio como anestésico, especialmente no parto,
sustentou-se que o clorofórmio era "uma arte de Satanás, aparentemente
destinada a benzer às mulheres, mas que no final as endurece, e rouba a Deus os
profundos, ansiosos gritos, que devem elevar-se a Ele em tempo de
dificuldade". Uma mente preconceituosa priva o homem de muitas bênçãos.(Estudando
a Bíblia livro por livro que Deus abençoe a todos)
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