11 de fevereiro de 2025

ESTUDANDO A BIBLIA LIVRO POR LIVRO

 


Livro Marcos (William Barclay) 136  (2) Esqueceu a sua dignidade. Ele, o Principal da sinagoga, foi e se lançou nos pés de Jesus, o mestre ambulante. Não poucas vezes alguém teve que esquecer sua dignidade para salvar sua vida e sua alma. Na antiga história é precisamente o que teve que fazer Naamã (2 Reis 5). Teve que acudir a Eliseu para ser curado de sua lepra. A receita do Eliseu foi que se banhasse sete vezes no Jordão. Essa não era maneira de tratar ao Primeiro-ministro de Síria! Elias nem se incomodou em lhe dar pessoalmente a mensagem; enviou-a por um criado! E não havia melhores rios em Síria que este pequeno Jordão barrento? Estes foram os primeiros pensamentos do Naamã; mas engoliu o seu orgulho e foi curado da lepra. Há uma famosa história sobre Diógenes, o filósofo cínico. Este foi capturado por uns piratas e vendido como escravo. Enquanto contemplava os circunstantes que o puxavam ele, fixou-se em um homem. "Vendam-me a esse homem", disse. "Ele precisa de um professor." O homem o comprou e lhe entregou o manejo de sua casa e a educação de seus filhos. "Foi um bom dia para mim", ele costumava dizer, "quando Diógenes entrou em minha casa." Era certo, mas exigia o esquecimento de sua dignidade. Frequentemente acontece que alguém se ergue em sua dignidade e cai da graça. (3) Esqueceu o seu orgulho. Para este Principal da sinagoga deve ter significado um esforço de humilhação consciente acudir a Jesus de Nazaré e lhe pedir ajuda. Diz-se com verdade que ninguém quer dever nada a ninguém. Gostaríamos de dirigir nós mesmos a nossa vida. Mas o primeiro passo da vida cristã é compreender que não podemos ser outra coisa senão devedores de Deus. (4) Aqui entramos no campo da especulação, mas me parece que podemos dizer que este homem se esqueceu de seus amigos. Bem pode ser que estes objetassem até o fim que tivesse ido a esse Jesus. É bastante estranho que fora ele mesmo e não enviasse um mensageiro. Parece improvável que consentisse em abandonar a sua filha quando estava prestes a falecer. Talvez ele foi porque nenhum outro podia ir. Sua família estava pronta a lhe dizer que não incomodasse mais a Jesus. Pareceria quase que se alegraram de não pedir sua ajuda. Bem pode ser que o homem desafiasse a opinião pública e os conselhos da família, para chamar a Jesus. Muitos são mais sábios quando seus sábios amigos mundanos pensam que atuam como tolos. Eis aqui um homem que esqueceu tudo, exceto que necessitava a ajuda de Jesus; e, precisamente por ter esquecido, recordaria para sempre que esse Jesus é um Salvador. A ÚLTIMA ESPERANÇA DE UMA ENFERMA Marcos 5:25-29 A mulher desta história sofria de uma moléstia que era muito comum e muito difícil de tratar. O próprio Talmud dá não menos de onze tipos de curas para essa enfermidade. Algumas delas consistem em tônicos e adstringentes; mas outras são puras superstições, como a de levar as cinzas de um ovo de avestruz em um trapo de linho no verão e em um trapo de algodão no inverno; ou levar um grão de cevada que tivesse sido encontrado no esterco de uma jumenta. Indubitavelmente esta pobre mulher teria usado até esses remédios desesperados. O pior era que a enfermidade não só afetava a saúde da mulher, mas também a tornavam continuamente impura, e a mantinha afastada do culto de Deus e da companhia de seus amigos (Levítico 15:25-27).(Estudando a Bíblia livro por livro que Deus abençoe a todos)

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