Livro Marcos (William Barclay) 139 Eis aqui uma mulher que
chegou a Jesus como último recurso; depois de ter provado todos os outros
tratamentos que o mundo podia lhe oferecer, finalmente provou a Jesus. Mais de
uma pessoa procurou a ajuda de Jesus Cristo quando se encontrava nas últimas.
Talvez depois de lutar com a tentação até não dar mais, estendeu a mão
clamando: "Senhor, salva-me, que pereço!" Ou talvez depois de ter
lutado com uma tarefa extenuante até ficar exausto, clamou por uma força que
não era a sua. Ou possivelmente depois de haver-se esforçado para obter a
bondade que o desafiava, só para vê-la afastar-se cada vez mais, sentiu-se
totalmente frustrado. Ninguém teria por que procurar Cristo obrigado pelas
circunstâncias, entretanto são muitos os que vão a Ele assim; mas embora assim
seja, Ele nunca nos enviará vazios. O CUSTO DA CURA Marcos 5:30-34 Esta
passagem nos diz algo a respeito de três pessoas. (1) Diz-nos algo a respeito
de Jesus. Fala-nos do custo da cura. Cada vez que Jesus curava alguém custava
algo de si mesmo. Esta é uma regra universal da vida. Nunca produziremos nada
grande a não ser que estejamos dispostos a pôr nisso algo de nós mesmos, de
nossa própria vida, de nossa alma. Nenhum pianista produzirá jamais uma
execução realmente grande se ele se limitar a tocar uma peça sem enganos e com
uma técnica perfeita, e nada mais. A execução não será realmente grande a não
ser o que no final leve ao esgotamento que resulta de ter-se mergulhado nela
por inteiro. Nenhum ator fará jamais uma grande representação se somente
repetir sua parte com todas as inflexões e todos os gestos corretos, como um
perfeito autômato. Suas lágrimas devem ser lágrimas verdadeiras, seus
sentimentos devem ser reais; algo de si mesmo deve mergulhar na ação. Nenhum
pregador que tenha pregado um verdadeiro sermão desce do púlpito sem o
sentimento de que algo se desprendeu dele. Se tivermos que ajudar as pessoas,
devemos estar prontos a nos consumir a nós mesmos. Tudo depende de nossa
atitude para com os homens. Uma vez Matthew Arnold, o grande crítico literário,
disse das classes médias: "Olhem essas pessoas: as roupas que levam; os
livros que leem; a textura mental que compõe seus pensamentos; que quantidade
de dinheiro compensaria o ser como um deles?" Agora, o sentido deste dito
pode ser ou não certo; mas o real é que o que lhe deu nascimento foi o
desprezo. Arnold contemplava os homens com um tipo de estremecimento de nojo; e
ninguém que olhe aos homens dessa maneira pode ser-lhes de alguma ajuda. Por
outro lado, pense-se em Moisés, depois que o povo faz o bezerro de ouro
enquanto ele estava na cúpula do monte. Recorde-se como implorou a Deus que o
apagasse do livro da lembrança contanto que perdoasse o povo (Êxodo 32:30-32).
"Então, com um estremecimento, o intolerável desejo, agita-se em meu
interior qual um toque de trombeta – Oh, salvar a estes, perecer por sua
salvação – Morrer por sua vida, ser devotado por eles." A grandeza de
Jesus esteve em que estava disposto a pagar o preço por ajudar a outros, e esse
preço era sua própria vida. Só seguimos em seus passos quando estamos
preparados para gastar, não nossos bens, e sim nossas almas e nossa força por outros.
(Estudando a Bíblia livro por livro que Deus abençoe a todos)
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