Livro Marcos (William Barclay) 141 (2) Diz-nos algo a
respeito dos discípulos. Mostra-nos muito vividamente as limitações do chamado
senso comum. Os discípulos adotavam o ponto de vista do senso comum. Como podia
evitar Jesus o ver-se tocado e empurrado em uma multidão como essa? Essa era a
maneira sensível de ver as coisas. Emerge o fato estranho e impactante de que
eles nunca reconheceram ou compreenderam que a Jesus custasse algo ganhar a
outros. Uma das tragédias da vida é a estranha insensibilidade da mente humana.
Tão facilmente não entendemos o que outros estão passando. Porque não temos
experiência de algo, jamais pensamos o que esse algo pode estar custando a
alguém. É por isso que tão frequentemente, mais que a ninguém, machucamos os
que amamos. Alguém deve orar por senso comum, mas às vezes faríamos melhor em
orar por essa percepção sensível, imaginativa que pode ver-se nos corações de
outros. (3) Diz-nos algo a respeito da mulher. Fala-nos do alívio que lhe
produziu a confissão, tão difícil e humilhante como foi. Mas uma vez que disse
toda a verdade a Jesus, o terror e o tremor desapareceram e uma onda de alívio
invadiu seu coração. E uma vez feita seu lastimei-a confissão achou toda a
bondade de Jesus. Nunca é difícil confessar a alguém que nos entende como
Jesus. DESESPERO E ESPERANÇA Marcos 5:35.39 Os costumes fúnebres dos judeus
eram muito vívidos e detalhados, e virtualmente todas elas estavam destinadas a
acentuar a desolação e a separação definitiva da morte. A experiência da fé
cristã triunfante, vitoriosa estava totalmente ausente deles. Imediatamente
após produzir-se o falecimento, elevava-se um forte lamento para fazer saber a
todos que a morte tinha dado seu golpe. O lamento se repetia ao lado do
sepulcro. Os enfermos se inclinavam sobre o cadáver, implorando uma resposta de
seus lábios silenciosos. golpeavam-se o peito; arrancavam-se o cabelo, e
rasgavam suas roupas. Este era todo um rito sujeito a certas regras. Se fazia
justo antes de que o corpo não se visse mais. As roupas deviam romper-se até o
coração, quer dizer, até que se visse a pele, mas não deviam ser rasgados
abaixo do umbigo. Os pais e mães deviam rasgá-las no lado esquerdo, sobre o
coração; outros, do lado direito. Uma mulher devia rasgar suas roupas em
privado; devia inverter a vestimenta interior, pondo as costas na frente; logo
rompia a túnica exterior, de modo que o corpo não ficasse exposto. A roupa
rasgada devia ser portada durante trinta dias, mas aos sete dias podia
costurar-se grosseiramente de maneira que fosse ainda claramente visível.
Depois dos trinta dias a roupa podia ser consertada adequadamente. Os
flautistas eram imprescindíveis. (Estudando a Bíblia livro por livro que Deus
abençoe a todos)
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