Livro Mateus (Comentário Bíblico Moody) 63 8. Boa terra. O solo fértil da Galileia era
capaz de produzir colheita da magnitude mencionada aqui (V.M. Thomson, Land and
Book, pág. 83) 9. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça. Uma declaração de que esta
história simples, sem prefácio nem explicação, tinha um significado mais
profundo. 10-17. Em resposta à pergunta dos discípulos, Jesus declara os
motivos porque falava em parábolas. 10. Por que? Já usara parábolas
anteriormente, mas esta ocasião era obviamente diferente. Agora as próprias
parábolas formavam a base do seu ensino; não eram simples ilustrações. 11. Os
mistérios do reino dos céus identificam o conteúdo dessas parábolas como revelação
anteriormente velada pertencente ao Reino. A interpretação as relaciona com o
dia presente. As glórias do reino messiânico foram claramente esboçadas no V.T.
Mas a rejeição do Messias e o intervalo entre a primeira e a segunda vindas não
foi compreendida. Essas parábolas descrevem a estranha forma do Reino enquanto
o Rei se encontra ausente, durante o tempo em que o Evangelho está sendo
pregado e um núcleo espiritual está se desenvolvendo para o estabelecimento do
reino messiânico (Colossenses. 1:13; Mateus. 25:34). A revelação desses
mistérios em forma de parábola foi devido à existência de dois grupos
distintos: a vós é dado, mas àqueles não lhes é isso concedido. 12. Aquele que
tem. Os discípulos, tendo reagido na fé para com Jesus, já possuíam muito da
verdade relacionada com o Messias e o seu programa. Reflexões cuidadosas sobre
essas parábolas dar-lhes-iam mais luz. Ao que não tem. Os incrédulos definidos
que recusaram os ensinamentos anteriores de Jesus (conf. caps. 10 e 11) não
receberiam a verdade nua para que não a pisoteassem (conf. 7:6). Mas aí também
está a graça, pois foram poupados à grande culpa de rejeitarem o mais simples
ensinamento, e lá ficou a possibilidade de que a parábola fascinante pudesse
despertar a curiosidade provocando uma mudança de coração. 13-15. O estado
decaído de insensibilidade espiritual entre o povo foi encarado como
cumprimento parcial (se cumpre a profecia) de Isaias. 6:9, 10. A citação de
Mateus acompanha a Septuaginta, e enfatiza a incredulidade obstinada do povo. A
expressão hebraica torna o coração deste povo insensível, apresenta a condição
como castigo de Deus pela sua dureza espiritual.) 16,17. Os discípulos, que
aceitaram o Messias, foram beneficiados com os privilégios desejados há muito pelos
profetas e homens justos da economia do V.T. (conf. I Pedro. 1:10-12). 18-23. A
interpretação que Jesus dá à parábola explica que o destino da Palavra nesta
dispensação, humanamente falando, é devido à condição dos corações humanos.(Estudando
a Bíblia livro por livro que Deus abençoe a todos)