Deuteronômio (Comentário Bíblico Moody) 15-28. Além de colocar as tribos israelitas em contato com os
santuários pagãos, a posse de Canaã localizaria as tribos a uma distância
considerável do santuário central de Israel (v. 21). Se as estipulações de
12: 4-14 deviam ser atendidas nessa nova situação, devia-se fazer uma
distinção entre o matar e o comer de animais apropriados para a festa
sacrificial e aqueles que eram apropriados para uma refeição comum; e
devia haver uma permissão para a descentralização desta última. Esta
nova provisão constituía urna modificação das exigências de Levítico. 17:1 e
segs., que regulamentavam o consumo israelita de carne enquanto eles
ainda eram um acampamento compacto à volta do Tabernáculo no
deserto.
Deuteronômio 15b. O imundo e o limpo dela comerá; assim como se come o
corço e o veado (cons. v. 22). Participação na festa da família não
dependia de condição cerimonial (cons. Levítico. 7:19 e segs.), e o tipo de
carne permissível incluía aquela que servia para o sacrifício e para
comer, como a carne da caça (cons. Deuteronômio. 14:5) que não era
sacrificialmente aceitável.
Junto com esta permissão vinham algumas restrições. Uma é a
familiar proibição do sangue – o sangue não comerás (vs. 16, 23 e
segs.; cons. Levítico. 17:10 e segs.; Gênesis. 9:4). Derramar o sangue sobre a terra
Seria uma salvaguarda contra o seu derramamento como sacrifício sobre
algum altar cananita próximo, ilegalmente preservado. A centralização,
durante as peregrinações no deserto, do sacrifício de todos os animais
passíveis de serem oferecidos a Deus foi explicitamente idealizada para
evitar tal tentação (cons. Levítico. 17:7).
17. Não poderás comer o dízimo, etc. Outra cláusula, ou melhor,
esclarecimento da permissão do versículo 15, foi o lembrete de que todas
as sagradas ofertas feitas ao Senhor deviam ser levadas ao santuário
central que Deus escolhesse (veja também vs. 26, 27). Isto é, a permissão
operava dentro das exigências positivas dos versículos 4-14 (cons. esp.
vs. 6, 11). A interpolação de exortações entre as estipulações (por
exemplo, vs. 25, 28) é um dos sinais identificadores da legislação
deuteronômica na qualidade de estipulações pactuais e não um código
legal. Que Deus abençoe a todos
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