Livro Marcos (William Barclay) 187 Uma das festas judaicas mais prazerosas é a do Purim. Cai em 14 de março, e comemora a libertação que o livro de Ester apresenta. É, acima de tudo, uma ocasião para fazer obséquios; e uma de suas regras é que, não importa quão pobre alguém seja, deve procurar alguém mais pobre que ele e lhe dar um obséquio. Jesus não tem tempo para o espírito que aguarda até que todas as circunstâncias sejam perfeitas antes de pensar em ajudar. Diz: "Se vir alguém em dificuldade, ajude com o que tem. Você nunca sabe o que pode significar sua ação". No pano de fundo deste relato há duas coisas interessantes. A primeira é esta. Este incidente aconteceu na margem afastada do Mar da Galiléia no distrito chamado Decápolis. A que se deveu essa tremenda congregação de quatro mil pessoas? Não há dúvida de que a cura do surdo com o impedimento para falar deve ter despertado interesse e reunido a multidão. Mas um comentarista fez uma sugestão mais interessante. Em Marcos 5:1-20 já lemos sobre a cura do endemoninhado gadareno. Este incidente também teve lugar em Decápolis. Nesse momento o resultado imediato foi que rogaram a Jesus que fosse embora. Mas recordamos que o endemoninhado curado quis seguir ao Jesus e este o enviou a sua parental, para que lhes dissesse que grandes coisas o Senhor tinha feito por ele. Seria possível que parte dessa grande multidão era devido à atividade missionária do endemoninhado curado? Teremos aqui uma vislumbre do que pode fazer por Cristo o testemunho de um homem? Terá havido aquele dia na multidão pessoas que se juntaram a Cristo e acharam suas almas devido ao relato de um homem do que Cristo tinha feito por sua alma? João Bunyan conta que sua conversão foi devida ao fato de ter ouvido a três ou quatro anciãs que, sentadas ao Sol, falavam "a respeito de um novo nascimento, a obra de Deus em seus corações". Estavam falando do que Deus tinha feito por elas. Bem pode ser que naquele dia houvesse na multidão em Decápolis muitos que ali estavam porque ouviram um homem falar a respeito do que Jesus fizera por ele. A segundo coisa por trás deste relato é isto. É estranho que a palavra que aqui se emprega para cesta é diferente da que se usa no relato similar de Marcos 6. No Marcos 6:44, a palavra é kofinos, que descreve a cesta em que os judeus levavam sua comida, uma cesta estreita no pescoço e larga na parte de abaixo, parecida em sua forma a um cântaro para água. A palavra que se usa aqui é sfuris, que descreve uma cesta conhecida tecnicamente como cesta; foi em uma dessas cestas em que Paulo foi descido da muralha de Damasco (Atos 9:25); e era o tipo de cestas que os gentios usavam. Como já dissemos, este incidente ocorreu em Decápolis, que estava do outro lado do lago e que tinha uma grande população gentílica. É possível que devamos ver na alimentação da multidão em Marcos 6 a vinda do pão de Deus aos judeus, e neste incidente a vinda do pão de Deus aos gentios? Quando reunimos estas duas histórias, vemos por trás delas a sugestão e o prenúncio e o símbolo de que Jesus satisfez igualmente a fome de judeus e gentios, que nele, na verdade, estava o Deus que abre sua mão e satisfaz o desejo de todo ser humano? (Estudando a Biblia livro por livro que Deus abençoe a todos)
15 de março de 2025
MEDITAÇÃO DO DIA
15 de março Dia 74
Leituras: Mateus 21:33-46; Atos 26:24-32; Salmo 68:1-18; Provérbios 16:10-15; Números 19-20.
Versículo Especial: “Pai dos órfãos e juiz das viúvas é Deus em sua santa morada” (Salmo 68:5).
Pensamento Bíblico: A Semana de Julgamento (Mateus 21:33-46). A última semana antes da morte de Jesus foi uma semana de conflito e julgamento. Os líderes judeus desafiaram a autoridade de Jesus e planejaram sua morte. Mas o Filho de Deus falou com toda autoridade sobre a culpa destes hipócritas. Depois da parábola dos lavradores maus, eles bem entenderam que a pregação de Jesus negou a posição e as doutrinas deles. Jesus julgou seus próprios acusadores!
Ação: Reconheça a autoridade absoluta de Jesus, e obedeça tudo que ele ordena (veja Mateus 28:18-20).(Estra Ido dos Estudos da Biblia.Net que Deus abençoe a todos)
14 de março de 2025
ESTUDANDO A BIBLIA LIVRO POR LIVRO
Livro Marcos (William Barclay) 186 Quando foi feito, o povo declarou que o tinha feito tudo bem. Este não é outro senão o veredicto de Deus sobre sua própria criação no próprio começo (Gênesis 1:31). Quando Jesus veio trazendo cura ao corpo dos homens e salvação a sua alma, tornou a começar a obra da criação. No princípio todo tinha sido bom; o pecado do homem tinha posto tudo a perder; e agora Jesus estava trazendo de novo a formosura de Deus ao mundo que o pecado do homem havia afeado. Marcos 8 Compaixão e desafio - Mar. 8:1-10 A cegueira que deseja um sinal - Mar. 8:11-13 A experiência não aproveitada - Mar. 8:14-21 Um cego aprende a ver - Mar. 8:22-26 A grande descoberta - Mar. 8:27-30 O tentador fala na voz de um amigo - Mar. 8:31-33 O caminho do discípulo - Mar. 8:34 Achar a vida pelo ato de perdê-la - Mar. 8:35 O valor supremo da vida - Mar. 8:36-37 Quando o Rei vier aos seus - Mar. 8:38; 9:1 COMPAIXÃO E DESAFIO Marcos 8:1-10 Neste incidente há duas coisas intimamente entrelaçadas. (1) Há a compaixão de Jesus. Uma e outra vez vemos Jesus movido pela compaixão para com os homens. O mais notável a respeito de Jesus é sua consideração. Agora, a consideração é uma virtude que nunca descuida os detalhes da vida. Jesus olhou à multidão; tinham estado com ele três dias; e agora recordou que estavam longe de seus lares. Podia haver-se pensado que a mente de quem tinha vindo mostrar aos homens o esplendor e a majestade da verdade e o amor de Deus, estaria acima da preocupação pelo que ia acontecer a sua congregação em sua viagem de volta a seus lares. Mas Jesus não era assim. Confrontado com uma alma perdida ou um corpo doente, seu primeiro instinto era ajudar. A verdade é que o primeiro instinto de muitas pessoas é não ajudar. Em uma conferência me encontrei com um homem com o qual estávamos comentando os perigos de certo trecho do caminho para chegar ao povo em que nos encontrávamos. "Sim", disse. "É um trecho bastante ruim. Ao passar hoje por aí vi um acidente". "Deteve-se você a ajudar?" perguntei-lhe. "Claro que não", disse. "Não ia perder tempo me misturando em uma coisa assim". É humano querer evitar a moléstia de ajudar; é divino ser movidos por tal compaixão e piedade que nos vejamos compelidos a ajudar. (2) Há o desafio de Jesus. Quando Jesus teve compaixão da multidão e quis lhe dar algo de comer, os discípulos imediatamente assinalaram a dificuldade prática de que estavam em um lugar deserto, e que em quilômetros quadrados não havia onde obter mantimentos. Aí Jesus lhes devolveu a pergunta: "O que vocês têm, com o que poderiam ajudar?" A compaixão se converteu em desafio. De fato, Jesus lhes estava dizendo: "Não tratem de passar a responsabilidade a outra pessoa. Não digam que ajudariam se tivessem algo que dar. Não digam que nestas circunstâncias é impossível ajudar. Tomem o que têm e dêem e vejamos o que acontece". (Estudando a Biblia livro por livro que Deus abençoe a todos)
MEDITAÇÃO DO DIA
14 de março Dia 73
Leituras: Mateus 21:23-32; Atos 26:12-23; Salmo 67; Provérbios 16:1-9; Números 17-18.
Versículo Especial: “Alegrem-se e exultem as gentes, pois julgas os povos com eqüidade e guias na terra as nações” (Salmo 67:4).
Pensamento Bíblico: “Eles Discorriam Entre Si” (Mateus 21:23-27). Jesus deu a estes líderes judeus uma lição importante, forçando-os a admitir seus próprios motivos. Eles não estavam à procura da verdade, mas eram astuciosos estudantes da Bíblia. Eles buscavam as Escrituras, não para conhecer o Senhor, mas para justificar e defender suas opiniões pessoais. Tristemente, esta prática continua, hoje em dia!
Ação: Busque as Escrituras com um coração honesto. Aceite a palavra de Deus como verdadeira, mesmo quando ela discorda de você!(Estra Ido dos Estudos da Biblia.Net que Deus abençoe a todos)
13 de março de 2025
ESTUDANDO A BIBLIA LIVRO POR LIVRO
Livro Marcos (William Barclay) 184 FAZENDO BEM TODAS AS COISAS Marcos 7:31-37 Este relato começa descrevendo o que, à primeira vista, é uma viagem surpreendente. Jesus estava indo de Tiro ao território que rodeava o Mar da Galiléia. Quer dizer, ia de Tiro, no Norte, à Galiléia, no Sul; e segundo o relato, primeiro se dirigiu a Sidom. Quer dizer, partiu para o Sul dirigindo-se para o Norte. Devido a esta dificuldade, alguns pensaram que o texto está equivocado, e que Sidom não deveria entrar nele absolutamente. Mas quase com certeza o texto é correto tal como está. Outro grande estudioso pensa que esta viagem não teria durado menos de oito meses, e isto, em realidade, é muito mais provável. Bem pode ser que esta longa viagem fora a paz que antecede à tormenta; a prolongada comunhão com os discípulos antes que deflagrasse a tempestade final. Precisamente no capítulo seguinte, Pedro faz o grande descobrimento de que Jesus é o Cristo (Marcos 8:27-29), e bem pode ser que nesta longa e solitária temporada juntos, essa impressão se tornasse uma certeza no coração de Pedro. Jesus necessitava esse longo lapso com seus homens antes da tempestade e a tensão do fim iminente. Quando esteve de volta nas regiões da Galiléia, Jesus entrou no distrito de Decápolis, e ali lhe trouxeram um homem surdo e gago. Indubitavelmente as duas coisas foram juntas; a dificuldade para ouvir era o que fazia que o homem não pudesse falar bem. Não há um milagre como este que mostre tão belamente a maneira como Jesus tratava as pessoas. (1) Jesus levou o homem a sós, a parte da multidão. Mostrou assim a mais tenra consideração. As pessoas surdas sempre se sentem um pouco confundidas. Em certos sentidos é mais incômodo ser surdo que ser cego. Um surdo sabe que não ouve, e quando alguém em uma multidão lhe grita e trata de fazê-lo ouvir, em sua excitação, sente-se mais impotente. Jesus mostra a mais tenra consideração pelos sentimentos de um homem para quem a vida era muito difícil. (2) Durante todo o milagre Jesus atuou sem falar. Pôs suas mãos nas orelhas do homem. Naqueles dias se acreditava que a saliva tinha propriedades curativas. Suetônio, o historiador romano, conta um incidente na vida do Vespasiano, o imperador romano. "Aconteceu que certo ínfimo plebeu totalmente cego, e outro com uma perna má e coxa acudiram juntos a ele estando sentado em seu tribunal, implorando a ajuda e remédio para seus males que Serapis lhes tinha mostrado em um sonho; que lhe restauraria a um a vista, se lhe cuspia nos olhos, e fortaleceria a perna do outro se só condescendia em tocá-la com seu calcanhar. Agora, como ele não podia acreditar que a coisa teria algum êxito, e portanto não queria pô-la a prova, no fim, devido à insistência de seus amigos, ensaiou ambos os meios abertamente diante da assembléia, e não faltou o efeito". (Suetônio, Vida do Vespasiano, 7). Logo Jesus olhou ao céu para mostrar que a ajuda viria de Deus. Depois pronunciou a palavra e o homem ficou são. Todo o relato mostra que Jesus não considerou o homem meramente como um caso; considerou-o como um indivíduo. O homem tinha uma necessidade especial e um problema especial, e com a mais tenra consideração Jesus o tratou em uma forma que respeitava seus sentimentos, e de uma maneira que ele podia entender. (Estudandoa a Biblia livro por livro que Deus abençoe a todos)
MEDITAÇÃO DO DIA
13 de março Dia 72
Leituras: Mateus 21:18-22; Atos 26:1-11; Salmo 66; Provérbios 15:29-33; Números 16.
Versículo Especial: “O temor do Senhor é a instrução da sabedoria, e a humildade precede a honra” (Provérbios 15:33).
Pensamento Bíblico: Moisés e Arão Intercedem Pelos que Erraram (Números 16). Este capítulo conta a rebelião contra Moisés e Arão. Deus tratou os rebeldes firmemente, porém ainda mais israelitas resmungaram contra os líderes ordenados por Deus. A ira de Deus se derramou e as pessoas morreram aos milhares. Moisés e Arão poderiam, facilmente, ter aplaudido a justiça de Deus. Em vez disso, arriscaram suas próprias vidas para resgatar o mesmo povo que havia pecado contra eles.
Ação: Imite a atitude de Moisés e Arão. Resgate aqueles que o magoaram.(Estra Ido dos Estudos da Biblia.Net que Deus abençoe a todos)
12 de março de 2025
STUDANDO A BIBLIA LIVRO POR LIVRO
Livro Marcos (William Barclay) 183 O rabino Josué Ben Levi tinha uma parábola. Vendo as bênçãos de Deus que os gentios desfrutavam, perguntava: "Se os gentios sem lei desfrutam de bênçãos como essas, quantas mais bênçãos desfrutará Israel, o povo de Deus?" "É como um rei que deu uma festa e trouxe os hóspedes e os pôs na porta de seu palácio. Eles viram sair os cães com faisões e cabeças de aves engordadas e bezerros em suas bocas, e começaram a dizer: ‘Se assim for com os néscios, quanto mais esplêndida será a própria comida’. E as nações do mundo se comparam com os cães, como está escrito (Isaías 56:11). ‘E esses cães comilões são insaciáveis’.” Não importa como é vista, a palavra cão é um insulto. Como explicar, então, que Jesus a empregasse aqui? (a) Não empregou a palavra usual; empregou um diminutivo que descrevia, não os cães selvagens das ruas, e sim os cãezinhos das casas. Em grego os diminutivos são caracteristicamente afetuosos. Jesus tirou o aguilhão da palavra. (b) Sem dúvida alguma o tom de sua voz foi o que fez a diferença. A mesma palavra pode ser um insulto mortal e uma expressão afetuosa, segundo o tom de voz. Podemos chamar a alguém "velho vadio" com tom afetuoso ou com tom de desprezo. O tom de Jesus tirou todo o veneno da palavra. (c) Em todo caso, Jesus não fechou a porta. Primeiro – disse – devem ser alimentados os filhos; mas só primeiro; fica carne para os cãezinhos da casa. Na verdade, o primeiro oferecimento do evangelho foi para Israel; mas só o primeiro: depois outros viriam a participar. Agora, a mulher era grega, e os gregos tinham o dom da réplica aguda; e ao mesmo tempo viu que Jesus falava com um sorriso. Sabia que a porta ficava aberta. Naqueles dias não se usavam facas nem garfos nem guardanapos para comer, comiam com as mãos, e as limpavam em pedaços de pão que jogavam no chão para que os cães da casa os comessem. Assim que a mulher disse: "Eu sei que os filhos devem comer primeiro, mas não posso comer sequer os miolos que os filhos arrojam?" E Jesus a amou. Ali havia uma fé luminosa que não aceitaria um não como resposta, uma mulher com a tragédia de uma filha doente em casa, e em cujo coração ainda havia suficiente luz para responder com um sorriso. Sua fé foi posta à prova e demonstrou ser real, e sua oração foi respondida. Simbolicamente esta mulher representa o mundo gentio que tão ansiosamente recebeu o pão do céu que os judeus tinham rechaçado e jogado fora. (Estudando a Biblia livro por livro que Deus abençoe a todos)
MEDITAÇÃO DO DIA
12 de março Dia 71
Leituras: Mateus 21:12-17; Atos 25:13-27; Salmo 65; Provérbios 15:24-28; Números 14-15.
Versículo Especial: “Para que vos lembreis de todos os meus mandamentos, e os cumprais, e santos sereis a vosso Deus” (Números 15:40).
Pensamento Bíblico: Pecados da Presunção (Números 14 e 15). Estes capítulos contêm duas ilustrações claras do perigo de seguirmos presunçosamente nossa própria vontade, em vez de respeitar cuidadosamente a vontade de Deus. A primeira é o ataque fracassado contra os amalequitas e os cananeus. O mesmo povo que havia se convencido de que não poderia atacar Canaã com o auxílio de Deus, agora tolamente pensou que poderia conquistá-la sem sua ajuda. Fracassaram! O segundo exemplo é aparentemente menor ofensa, apanhar lenha no sábado. Deus ordenou a pena de morte para lembrar o povo de que sua lei não era para ser pisoteada com tal descuido e desrespeito. Suas leis específicas e penalidades são diferentes hoje em dia, mas Deus espera que nos aproximemos de suas instruções com reverência.
Ação: Teste suas ações hoje. Certifique-se de que está respeitando Deus a cada passo.(Etsra Ido dos Estudos da Biblia.Net que Deus abençoe a todos)
11 de março de 2025
ESTUDANDO A BIBLIA LIVRO POR LIVRO
Livro Marcos (William Barclay) 181 Embora as cidades fenícias eram parte da Síria, todas eram independentes e eram rivais. Tinham seus próprios reis, seus próprios deuses e sua moeda própria. Exerciam uma autoridade suprema dentro de um raio de vinte ou trinta quilômetros. Exteriormente, a davam para o mar; e no interior, para Damasco; e a elas afluíam os navios do mar e as caravanas de muitas regiões. No final Sidom perdeu seu comércio, que passou às mãos de Tiro, e ao perder sua grandeza caiu em uma degeneração desmoralizada. Mas o nome dos marinheiros fenícios será sempre famoso como o dos homens que primeiro se guiaram em sua rota pelas estrelas. (1) Assim, pois, a primeira coisa importante que achamos aqui é que Jesus está em território gentio. Será por acaso que este incidente aparece aqui? O incidente anterior mostra Jesus apagando as distinções entre mantimentos limpos e imundos. Pode ser que aqui o tenhamos apagando simbolicamente a diferença entre pessoas limpas e imundas? Os judeus, da mesma maneira que não contaminariam seus lábios com mantimentos proibidos, tampouco contaminariam sua vida pelo contato com os gentios imundos. Bem pode ser que Jesus esteja dizendo por implicação que os gentios não são imundos, e sim que eles também tiverem lugar no Reino. Jesus deve ter chegado a esta região tão ao norte para procurar um alívio momentâneo das armadilhas a que estava submetido por toda parte em sua terra. Fazia tempo que os escribas e fariseus o tinham apontado como pecador, porque quebrava suas regras e regulamentos. Herodes o tinha considerado como uma ameaça. O povo de Nazaré o tinha tratado com uma escandalizada desconsideração. A hora chegaria em que enfrentaria a seus inimigos com um flamejante desafio, mas essa hora ainda não tinha chegado. Antes que chegasse, Ele buscaria a paz e a quietude do retiro, e nesse afastamento da inimizade dos judeus pôs as bases do reino dos gentios. É o prenúncio de toda a história do cristianismo. O rechaço dos judeus se converteu na oportunidade dos gentios. (2) Mas há algo mais. Idealmente, essas cidades fenícias eram parte do reino de Israel. Quando, sob Josué, a terra foi repartida entre as tribos, a Aser lhe tocou uma porção “até à grande Sidom... e até à forte cidade de Tiro” (Josué 19:28-29). Nunca tinham conseguido subjugar esse território, e nunca tinham entrado nele. Não é isto também simbólico? Onde o poder das armas tinha sido impotente, o amor de Jesus Cristo tinha obtido uma vitória. O Israel terrestre não tinha conseguido abranger o povo de Fenícia, agora tinha aparecido sobre eles o verdadeiro Israel. Não era uma terra estranha a que Jesus tinha ido; era uma terra que muito antes Deus lhe tinha dado como sua. Não estava tanto entre estrangeiros, como em sua própria herança. (3) O próprio relato deve ser lido com critério. A mulher acudiu solicitando a ajuda de Jesus para sua filha. A resposta de Jesus foi que não é lícito tomar o pão dos filhos e dá-lo aos cães. À primeira vista é uma expressão chocante. O cão não era o apreciado guardião que é hoje. Mais comumente o cão era um símbolo de desonra. Para os gregos, a palavra cadela se aplicava a uma mulher audaz e desavergonhada, com a mesma conotação que lhe damos hoje. Para os judeus era igualmente um termo térmico de desprezo. “Não deis aos cães o que é santo” (Mateus 7:6; cf. Filipenses 3:2; Apocalipse 22:15). Com efeito, a palavra cão, às vezes se empregava entre os judeus como um termo depreciativo aplicado aos gentios. (Estudando a Biblia livro por livro que Deus abençoe a todos)
MEDITAÇÃO DO DIA
11 de março Dia 70
Leituras: Mateus 21:1-11; Atos 25:1-12; Salmo 64; Provérbios 15:19-23; Números 12-13.
Versículo Especial: “O justo se alegra no Senhor e nele confia; os de reto coração, todos se gloriam” (Salmo 64:10).
Pensamento Bíblico: “Éramos Como Gafanhotos” (Números 13). Doze espias foram mandados para espionar a terra que Deus estava dando a Israel. Eles foram enviados para fazer um relatório sobre a terra, e não para determinar se eles poderiam tomá-la. Este assunto deveria estar terminado: Deus a estava dando a eles. Dez dos espiões levaram uma nação à covardia, sem fé, quando se esqueceram de Deus e viram apenas sua própria fraqueza. Caímos no mesmo engano hoje em dia, quando deixamos de enfrentar os desafios confiando na força de Deus (veja Filipenses 4:13).
Ação: Enfrente os seus desafios com confiança no poder de Deus.(Estra Ido dos Estudos da Biblia.Net que Deus abençoe a todos)
10 de março de 2025
ESTUDANDO A BIBLIA LIVRO POR LIVRO
Livro Marcos (William Barclay) 180 Segue a soberba (hyperefania). A palavra grega significa literalmente "alguém mostrar-se por cima". Descreve a atitude do homem que "tem certo desprezo por todos, menos por si mesmo". O interessante desta palavra, no uso que os gregos lhe davam, é que descreve uma atitude que pode não fazer-se pública jamais. Pode ser que alguém, no íntimo de seu coração, esteja sempre comparando-se com os demais. Até pode aparentar humildade, mas em seu foro íntimo ser soberbo. Às vezes, certamente, a soberba é evidente. Os gregos tinham uma lenda sobre isto. Diziam que os Gigantes, os filhos do Tártaro e Ge, em sua soberba, tentaram alvoroçar o céu e foram expulsos por Hércules. Isso é hyperefania. É levantar-se contra Deus; é "invadir as prerrogativas de Deus". Por isso foi chamada "o cúmulo de todos os vícios", e é por isso que "Deus resiste aos soberbos" (Tiago 4:6). Finalmente, vem a insensatez (afrosune). Isto não significa a insensatez devida a debilidade intelectual e falta de cérebro; significa insensatez moral. Descreve, não o homem desprovido de miolo, e sim o que, como dizemos, se faz de louco. É uma lista verdadeiramente terrível a que Jesus apresenta das coisas que saem do coração humano. Quando entramos em analisá-la não podemos evitar que nos percorra um estremecimento. Entretanto, convoca-nos, não a um afastamento desdenhoso dessas coisas, e sim a um honrado exame de nossos corações. PREDIÇÃO DE UM MUNDO PARA CRISTO Marcos 7:24-30 Quando se estuda este incidente contra seu pano de fundo e em suas implicações, converte-se em um dos mais comovedores e extraordinários incidentes da vida de Jesus. Vejamos, primeiro, a geografia do incidente. Tiro e Sidom eram cidades de Fenícia, e Fenícia era parte da Síria. Estendia-se ao norte do Carmelo ao longo da planície costeira. Fenícia, era a que se interpunha entre a Galiléia e o mar. Como disse Josefo: Fenícia "cercava a Galiléia". Tiro estava a uns sessenta e cinco quilômetros a Noroeste de Cafarnaum. Seu nome significa A Rocha. Era assim chamava porque fora da borda jazem duas grandes rochas unidas por um recife de mil metros de comprimento. Isto formava um quebra-mar natural e Tiro era um dos grandes portos naturais do mundo dos tempos mais antigos. As rochas não só formavam um quebra-mar, mas também uma defesa, e Tiro era não só um porto famoso; também era uma famosa fortaleza. De Tiro e Sidom saíram os primeiros marinheiros que se guiariam pelas estrelas. Até que os homens aprendessem a guiar-se pelas estrelas, as embarcações tinham que seguir a costa e deter-se durante a noite; mas os marinheiros fenícios circunavegaram o Mediterrâneo e conseguiram entrar através das Colunas do Hércules até chegar às ilhas britânicas e as minas de estanho de Cornwallis. Bem pode ser que em suas aventuras tivessem circunavegado a África. Sidom estava a uns quarenta e dois quilômetros ao Nordeste de Tiro e a cem quilômetros ao norte do Cafarnaum. Como Tiro, tinha um quebra-mar natural e sua origem como porto e cidade era tão antigo que ninguém sabia quem a tinha fundado. (Estudando a Biblia livro por livro que Deus abençoe a todos)
MEDITAÇÃO DO DIA
10 de março Dia 69
Leituras: Mateus 20:29-34; Atos 24:22-27; Salmo 63; Provérbios 15:13-18; Números 10-11.
Versículo Especial: “Melhor é um prato de hortaliças onde há amor do que o boi cevado e, com ele, o ódio” (Provérbios 15:17).
Pensamento Bíblico: O Povo se Queixou (Números 11). Os israelitas ficaram famosos por seus resmungos e queixas no deserto. Neste caso, suas reclamações refletiam a fraca fé no poder de Deus para abastecê-los. Deus não viu suas queixas como mera irritação sem importância, mas como um crime maior. Há uma lição aqui para uma época de abundância, na qual muitas vezes tomamos nossas bênçãos como um merecimento. O exemplo de Israel mostra o perigo dessa ingratidão. Temos que aprender com os enganos deste povo.
Ação: Reconheça suas bênçãos e agradeça a Deus por elas. (Estra Ido dos Estudos da Biblia.Net que Deus abençoe a todos)
9 de março de 2025
ESTUDANDO A BIBLIA LIVRO POR LIVRO
MEDITAÇÃO DO DIA
9 de março Dia 68
Leituras: Mateus 20:17-28; Atos 24:10-21; Salmo 62; Provérbios 15:7-12; Números 8-9.
Versículo Especial: “A língua dos sábios derrama o conhecimento, mas o coração dos insensatos não procede assim” (Provérbios 15:7).
Pensamento Bíblico: Não Ser Servido, Mas Servir (Mateus 20:20-28). O exemplo de Cristo mostra o que ele espera dos cristãos. Não estamos aqui para sermos servidos, nem para sermos elevados a postos de honra e grandeza. Estamos aqui para servir, para nos darmos humildemente em benefício de outros. O mundo tem seus atrasos, com muitas pessoas procurando um jeito de “ficar por cima” dos outros. A imitação de Jesus exige o re-treinamento de nossas atitudes, para retirar o egoísmo do centro de nossas vidas. Temos que seguir Jesus, em vez de acompanhar o mundo!
Ação: Procure os meios de servir os outros sem egoísmo.(Estra ido dos Estudos da Biblia.Net que Deus abençoe a todos)
8 de março de 2025
ESTUDANDO A BIBLIA LIVRO POR LIVRO
Livro Marcos (William Barclay) 176 A VERDADEIRA CONTAMINAÇÃO Marcos 7:14-23 Embora agora pode não parecer assim, muito provavelmente esta passagem foi originalmente a mais revolucionário do Novo Testamento. Jesus tinha estado disputando com os eruditos na Lei sobre diferentes aspectos da Lei tradicional. Tinha apontado que os complicados lavamentos de mãos careciam de importância. Tinha mostrado como a rígida adesão à Lei tradicional podia significar em realidade desobedecer a Lei de Deus. Mas aqui diz algo mais assombroso ainda. Declara que nada que entra no homem pode contaminá-lo, visto que só é recebido pelo corpo e este se desembaraça disso pelos meios fisiológicos normais. Agora, nenhum judeu cria isso, nem ainda o crê nenhum judeu ortodoxo. Em Levítico 11 aparece uma longa lista de animais imundos, que não podem usar-se na alimentação. A seriedade com que isto se tomava se pode ver em mais de um incidente na época dos Macabeus. Naquele então, o rei da Síria, Antíoco Epifanes, havia resolvido extirpar a fé judia. Uma das coisas que exigiu foi que os judeus comessem carne de porco, mas morreram centenas deles antes que fazer tal coisa. "Morreram também muitos israelitas que com integridade e coragem se negaram a comer coisa impura, preferindo a morte antes que poluir-se com aquela comida e profanar a aliança Santa" (1 Macabeus 1:62-63). No Segundo Livro do Macabeus (cap. 7) se relata a história de uma viúva e seus sete filhos, a quem ele quis obrigar a comer carne de porco. Eles se negaram. À maior lhe cortaram a língua e as extremidades dos membros, e o assaram vivo em uma frigideira depois de lhe arrancar o couro cabeludo; ao segundo lhe arrancaram o couro cabeludo e o submeteram ao mesmo suplício; um por um foram torturados até a morte, enquanto sua anciã mãe presenciava os torturas e os animava; morreram antes que comer o que para eles era imundo. Diante disso fez Jesus esta revolucionária declaração de que nada do que entra no homem pode fazê-lo imundo. Com um gesto estava apagando as leis pelas quais os judeus tinham sofrido e tinham morrido. Não é estranho que os discípulos estivessem assombrados. O que em realidade quis dizer Jesus é que as coisas não podem ser imundas nem limpas em nenhum sentido realmente religioso do termo. Só as pessoas podem realmente ser contaminadas; e o que contamina a pessoa são suas ações, que são produto de seu próprio coração. Esta doutrina era nova e bombasticamente nova. Os judeus tinham, e têm ainda, todo um sistema de coisas puras e impuras. Com um pronunciamento terminante Jesus declarou tudo isso sem importância, afirmando que a impureza não tem nada que ver com o que alguém introduza em seu corpo, e sim exclusivamente com o que sai de seu coração. Vejamos as coisas que Jesus enumera como as que saem do coração e poluem ao homem. Começa com os maus pensamentos (dialogismoi). Todo ato pecaminoso externo é precedido por um ato interno de decisão; portanto, Jesus começa com o mau pensamento do qual procede a má ação. Logo vêm as fornicações (porneiai); mais adiante mencionará * os adultérios (moiqueiai); mas a palavra fornicações é muito ampla – significa toda classe de vício sexual. Logo seguem os furtos (klopai). Em grego há duas palavras para designar a um ladrão: kleptes e lestes. Lestes é um bandoleiro; Diabinho era um lestes (João 18:40) e um bandoleiro pode ser um homem muito valente, embora fora da lei. Kleptes é um ladrão; Judas era um ladrão quando subtraía da bolsa (João 12:6). Um kleptes é um ladrão enganoso e desprezível, que não tem sequer uma certa audácia galante que deve ter um bandoleiro. (Estudando a Biblia Livro por livro que Deus abençoe a todos)
MEDITAÇÃO DO DIA
8 de março Dia 67
Leituras: Mateus 20:1-16; Atos 24:1-9; Salmo 61; Provérbios 15:1-6; Números 7.
Versículo Especial: “Assim, salmodiarei o teu nome para sempre, para cumprir, dia após dia, os meus votos” (Salmo 61:8).
Pensamento Bíblico: Exigindo Nossos “Direitos” (Mateus 20:1-16). É fácil, especialmente em uma sociedade que encoraja egoísmo e a luta pelo que chamamos “nossos direitos”, é fácil perder a mensagem desta parábola. Enquanto esta orientação precisa ser aplicada em várias situações, é particularmente indispensável que os cristãos resistam à tentação de “exigir seus direitos” em prejuízo de seus irmãos.
Ação: Preste bem atenção, hoje, nas oportunidades e responsabilidades. Isto tornará mais fácil evitar “exigir direitos” egoístas.(Estra Id dos Estudos da Biblia.Net que Deus abençoe a todos)
7 de março de 2025
ESTUDANDO A BIBLIA LIVRO POR LIVRO
Livro Marcos (William Barclay) 174 Não há perigo religioso maior que o perigo de identificar a religião com a observância externa. Não há engano religioso mais comum que o de identificar a bondade com certos atos chamados religiosos. Ir à igreja, ler a Bíblia, contribuir financeiramente, até as orações estabelecidas não fazem de alguém homem bom. A questão fundamental é como está seu coração com respeito a Deus e a seus semelhantes. E se, em seu coração há inimizade, amargura, cobiças, orgulho, todas as observâncias religiosas do mundo não farão dele outra coisa senão um hipócrita. (2) A segunda acusação que Jesus lançou implicitamente contra aqueles legalistas foi que substituíam as leis da voz de Deus pelos esforços do engenho humano. Porque em sua direção para a vida não dependiam de ouvir a Deus; dependiam de escutar os engenhosos argumentos e debates, as finas sutilezas e as hábeis interpretações dos peritos legais. A sutileza nunca pode ser base da verdadeira religião. A verdadeira religião nunca pode ser produto da mente do homem. A verdadeira religião deve proceder sempre, não dos engenhosos descobrimentos do homem, e sim simplesmente de ouvir e aceitar a voz de Deus. UMA REGULAMENTAÇÃO INÍQUA Marcos 7:9-13 É muito difícil descobrir o significado exato desta passagem. Gira em torno da palavra Corbã, e pareceria que esta palavra realmente passou por duas etapas em sua significação no uso judeu. (1) A palavra significa presente, dom. Era empregada para descrever algo que estava especialmente dedicado a Deus. Uma coisa que era Corbã era como se já tivesse sido colocada sobre o altar. Quer dizer, estava completamente separada de todos os propósitos e usos ordinários e se tornava propriedade de Deus. Se alguém queria dedicar algo de seu dinheiro ou sua propriedade a Deus, declarava-o Corbã, e depois já não podia ser empregado para nenhum propósito comum ou secular. Parece que, já nesta etapa, a palavra podia prestar-se a usos muito sagazes. Por exemplo, um credor podia ter um devedor que se negava a pagar ou tardava o pagamento. O credor podia dizer então: "O que me deve é Corbã", quer dizer: "O que me deve está consagrado a Deus." Desde esse momento o devedor deixava de estar em dívida com seu semelhante e começava a estar em dívida com Deus, o que era muito mais grave. E o credor bem poderia descarregar sua parte na questão fazendo uma pequena doação simbólica ao templo, e guardando o resto. Em todo caso, o introduzir a idéia do Corbã neste tipo de dívidas era um modo de chantagem religiosa, que transformava uma dívida ao homem em uma dívida a Deus. Ao que parece, a idéia do Corbã já era suscetível de abusos. Se esta for a idéia que há por trás desta passagem, significaria que alguém declarou Corbã sua propriedade, consagrada e dedicada a Deus, como colocada sobre o altar, e logo quando seu pai ou sua mãe, em um momento de necessidade vai a ele em busca de ajuda, ele diz: "Sinto muito, mas não posso lhe ajudar porque nada do que tenho pode usar-se em seu favor, pois está dedicado a Deus." O voto se convertia em uma desculpa ou uma razão para evitar ajudar a um pai em necessidade. O voto que alegava o escriba em realidade implicava a violação de um dos Dez Mandamentos, que são a verdadeira lei de Deus. (Estudando a Biblia livro por livro que Deus abençoe a todos)
MEDITAÇÃO DO DIA
7 de março Dia 66
Leituras: Mateus 19:23-30; Atos 23:23-35; Salmo 60; Provérbios 14:29-35; Números 5-6.
Versículo Especial: “A justiça exalta as nações, mas o pecado é o opróbrio dos povos” (Provérbios 14:34).
Pensamento Bíblico: A Recompensa Daqueles que se Sacrificam (Mateus 19:23-30). Esta parte é um acompanhamento adequado da triste história do homem rico (veja as notas de ontem). Alguns deixarão tudo pelo Senhor. Alguns não podem ser comprados a nenhum preço, mesmo que eles tenham que romper laços apertados de família para servir a Jesus. Estas pessoas serão recompensadas nesta vida e, especialmente, na eternidade.
Ação: Preste atenção nas bênçãos de permanecer em Cristo. Não deixe Satanás distraí-lo, chamando sua atenção para o que você largou. Olhe para o que você ganhou! (Estra Ido dos Estudos da Biblia.Net que Deus abençoe a todos)
6 de março de 2025
ESTUDANDO A BIBLIA LIVRO POR LIVRO
Livro Marcos (William Barclay) 172 Detivemo-nos bastante sobre estas leis dos escribas, esta tradição dos anciões, porque é contra isto que Jesus estava. Para os escribas e fariseus estas regras e regulamentações eram a essência da religião. Observá-la era agradar a Deus; quebrantá-las era pecar. Esta era sua idéia da bondade e do serviço de Deus. No sentido religioso, Jesus e essas pessoas falavam diferentes idiomas. Precisamente porque Ele não queria saber nada de todas essas regras era que o consideravam um homem mau. Aqui há uma brecha fundamental: a brecha entre o homem que vê a religião como ritual, cerimonial, regras e regulamentos, e o que vê nela o amor a Deus e o amor a seus semelhantes. Na próxima passagem se desenvolverá isto; mas está claro que a idéia que Jesus tinha da religião e a dos escribas e fariseus não tinham nada em comum. AS LEIS DE DEUS E AS REGRAS DOS HOMENS Marcos 7:5-8 Os escribas e fariseus viram que os discípulos de Jesus não observavam as minúcias da tradição e o código da Lei oral acerca do lavamento das mãos antes e durante as refeições, e perguntaram por que Jesus começou citando uma passagem do Isaías 29:13. Ali Isaías acusa ao povo de seus dias de honrar a 'Deus' com os lábios enquanto seus corações realmente estavam longe Do. Em princípio, Jesus acusou aos escribas e fariseus de duas coisas. (1) Acusou-os de hipocrisia. A palavra hypokrites tem uma história interessante e reveladora. Começa significando simplesmente alguém que responde; passa a significar logo o que responde em um diálogo ou uma conversação estabelecidos, quer dizer, um ator teatral, e finalmente significa, não simplesmente um ator em cena, a não ser alguém cuja vida é uma atuação sem nenhuma sinceridade. Aquele para quem a religião é algo legal, para quem a religião significa levar a cabo certas regras e regulamentações, para quem a religião está inteiramente relacionada com a observância de certo número de tabus, no fim de contas tem que resultar, neste sentido, um hipócrita. A razão disto está em que crê que é um bom homem se levar a cabo as práticas e atos exteriores corretos, não importa o que sejam seu coração e seus pensamentos. Voltando ao caso do judeu legalista dos dias de Jesus, no íntimo de seu coração podia aborrecer a seu próximo, podia estar cheio de inveja e ciúmes e de oculta amargura e orgulho; mas isso não importava, enquanto lavasse as mãos corretamente e observasse corretamente as leis a respeito da pureza e a impureza. O legalismo leva em conta as ações externas do homem; mas não leva em conta absolutamente seus sentimentos íntimos. Pode estar servindo a Deus meticulosamente nas coisas exteriores, e ao mesmo tempo desobedecendo-o flagrantemente nas coisas interiores, e isso é hipocrisia. O maometano deve orar a Deus certo número de vezes por dia. Para fazê-lo, leva consigo sua esteira de oração; onde quer que esteja, desenrola sua esteira, cai de joelhos sobre ela, diz suas orações e segue seu caminho. Conta-se de um maometano que ia perseguindo a outro, faca em mão, para assassiná-lo. Justo nesse momento soou o chamado à oração, imediatamente se deteve, estendeu sua esteira de oração, ajoelhou-se, rezou sua oração o mais rápido possível, e logo se levantou e prosseguiu sua perseguição homicida. A oração foi simplesmente uma fórmula e um ritual, e uma observância externa, simplesmente o correto interlúdio na carreira do assassinato. (Estudando a Biblia Livro por livro que Deus abençoe a todos)
MEDITAÇÃO DO DIA
6 de março Dia 65
Leituras: Mateus 19:13-22; Atos 23:11-22; Salmo 59; Provérbios 14:22-28; Números 4.
Versículo Especial: “Em todo trabalho há proveito; meras palavras, porém, levam à penúria” (Provérbios 14:23).
Pensamento Bíblico: O Diabo Pagará o Seu Preço (Mateus 19:16-22). Um homem rico estava interessado em seguir Jesus. Ele tinha demonstrado respeito pela lei de Deus; Que mais tinha que ser feito? Jesus disse-lhe que ele tinha que se desfazer de todas as propriedades acumuladas, algo que ele não estava disposto a fazer. Satanás encontrou alguma coisa mais importante para ele do que o céu. Satanás está sempre disposto a pagar quanto for necessário para comprar as almas daqueles que não amam ao Senhor acima de tudo.
Ação: Certifique-se de que seus tesouros estão no céu. (Estra Ido dos Estudos da Biblia.Net que Deus abençoe a todos)
ESTUDANDO A BIBLIA LIVRO POR LIVRO
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Livro Miquéias (Comentário Bíblico Moody) 20 4) Paulo em suas cartas aos romanos e gálatas ensinou que não existem judeus nem gregos . ....
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E disse: Certamente eu serei contigo; e isto te será por sinal de que eu te enviei: Quando houveres tirado este povo do Egito, servirei...