Deuteronômio (Comentário Bíblico Moody)O servo da aliança é um ser imortal com uma participação, mesmo depois da morte e sepultura, na bem-aventurança futura do reino de Deus que foi prometido na Aliança da Redenção aos crentes e seus descendentes depois deles (vs. 5-10).6. Para que o nome deste não se apague em Israel. Devia-se suscitai testemunha da dignidade do filho-servo de Deus por intermédio de um descendente da aliança que habitava em sua herança, dentro do reino típico do V.T. Como aplicação disso, a Aliança Deuteronômica adotou uma forma de prática muito difundida do casamento em levirato, por meio do qual tocava ao irmão do homem que morrera sem lhes a responsabilidade de suscitar-lhe um herdeiro através da viúva – o primogênito . . . será sucessor do nome do seu irmão. Esta exigência constituía uma exceção à proibição de Levítico. 18:16; 20:21. Para ver exemplos bíblicos desta ou semelhante prática, veja Gênesis 38 e o Livro de Rute. A obrigação do levirato limitava-se em Deuteronômio às situações nas quais os irmãos partilhavam da mesma propriedade (25:5a) e mesmo então não era compulsória – Meu cunhado recusa (v. 7). Deixar de agir de acordo, contudo, traía falta de afeição fraternal e era publicamente estigmatizada (vs. 8-10). Sobre o uso da sandália para confirmar transferência legal de propriedade, veja Rute 4:7.À vista da provisão de Nm. 27:4 e segs., não havia necessidade do casamento em levirato se o falecido tivesse filhas. Por isso a E.R.A. parece preferível à E.R.C. na tradução de Deuteronômio. 25:5 – sem filhos em lugar de sem filho. Os versículos 11, 12, também se relacionam com a dignidade do indivíduo e precisamente com sua dignidade de servo da aliança de Deus, que através da circuncisão trazia no seu corpo o sinal da aliança. A referência ao órgão da reprodução poderia ser explicada pela imediata associação desta proibição com a lei do casamento em levirato. Que o ato proibido incluía desprezo pelo sinal da aliança e não simples indecência fica sugerido pela aparente semelhança na natureza do castigo e do sinal, ambos envolvendo mutilação do corpo. Esta interpretação é reforçada pelo fato de que, fora deste caso, só a lex talionis (19:21) exigia tal mutilação penal.(Que a paz Salvadora do Mestre Jesus esteja sobre sua vida e família)
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